Vice-premiê da China assinará acordo comercial com os EUA em Washington na próxima semana
PEQUIM (Reuters) - O vice-primeiro-ministro da China, Liu He, chefe da equipe de negociação do país na disputa comercial com os Estados Unidos, assinará a fase 1 do acordo em Washington na próxima semana, disse o Ministério do Comércio nesta quinta-feira.
Liu visitará Washington entre 13 e 15 de janeiro, disse Gao Feng, porta-voz do ministério.
Equipes de negociação de ambos os lados permanecem em comunicação sobre arranjos particulares da assinatura, completou Gao em entrevista.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em 31 de dezembro que a fase 1 do acordo comercial com a China seria assinado em 15 de janeiro na Casa Branca. Trump também disse que assinaria o acordo com "representantes de alto escalão da China", e que ele depois viajaria a Pequim para iniciar as negociações sobre a próxima fase.
Os EUA lançaram uma guerra comercial contra Pequim há um ano e meio devido a alegações de práticas comerciais injustas, como roubo de propriedade intelectual dos EUA e subsídios que beneficiam empresas estatais chinesas.
A fase 1 do acordo alcançada no mês passado deve reduzir tarifas e ampliar as compras chinesas de produtos agrícolas, manufaturados e de energia dos EUA, lidando ainda com algumas questões de propriedade intelectual. Mas nenhuma versão do texto foi apresentada.
Índices da China avançam com redução dos temores sobre conflito no Oriente Médio
XANGAI (Reuters) - Os índices acionários da China fecharam em alta nesta quinta-feira, apagando as perdas da sessão anterior, uma vez que as tensões no Oriente Médio foram mitigadas após declarações dos Estados Unidos e do Irã.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,27%, enquanto o índice de Xangai teve alta 0,91%.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na quarta-feira que o país não tem que responder militarmente ao ataque do Irã, enquanto o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse que os ataques "concluíram" a retaliação de Teerã.
Os investidores também viram com otimismo dados mostrando que a inflação ao consumidor na China se estabilizou enquanto os preços nos portões de fábrica recuaram a um ritmo mais lento em dezembro, dando a Pequim espaço para manter o afrouxamento monetário conforme o crescimento econômico esfria.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,31%, a 23.739 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,68%, a 28.561 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,91%, a 3.094 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,27%, a 4.164 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,63%, a 2.186 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,30%, a 11.970 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,05%, a 3.247 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,83%, a 6.874 pontos.
Inflação ao consumidor na China permanece alta em dezembro e não deve afetar afrouxamento pelo BC
PEQUIM (Reuters) - A inflação ao consumidor na China se estabilizou enquanto os preços nos portões de fábrica recuaram a um ritmo mais lento em dezembro, dando a Pequim espaço para manter o afrouxamento monetário conforme o crescimento econômico esfria.
Alguns investidores estavam preocupados que a inflação ao consumidor, perto de máximas de oito anos, poderia deixar o banco central chinês mais cauteloso sobre os estímulos.
Os preços ao consumidor na China subiram em dezembro 4,5% sobre o ano anterior, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira, repetindo a taxa de novembro mas abaixo da expectativa de 4,7%.
O avanço foi novamente alimentado pela alta nos preços da carne suína diante da febre suína africana. Entretanto, o núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentos e energia, permaneceu fraco.
Em contraste, o índice de preços ao produtor, considerado um indicador da rentabilidade corporativa, caiu 0,5% sobre o ano anterior. Analistas esperavam queda de 0,4%, após deflação de 1,4% em novembro.
A deflação mais lenta deveu-se parcialmente a uma recuperação no petróleo, carvão e outras indústrias de processamento e combustíveis, disse a agência em comunicado.