Com forte demanda chinesa, Brasil exporta recorde de carne suína em 2019, diz ABPA
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de carne suína do Brasil atingiram volume recorde em 2019, ano em que a forte demanda da China impulsionou o setor local de proteínas, mostraram dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
De acordo com a ABPA, os embarques de carne de porco no ano passado totalizaram 750,3 mil toneladas, avanço de 16,2% em relação ao ano anterior, com uma receita de 1,597 bilhão de dólares (alta de 31,9%).
Dezembro registrou os maiores níveis mensais da história tanto em volume quanto em saldo, com 76 mil toneladas exportadas e 183,6 milhões de dólares em receita, acrescentou a entidade.
Os dados vêm em linha com os divulgados na quinta-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Afetada por graves surtos de peste suína africana, que dizimaram sua enorme criação de porcos, a China foi o principal cliente do Brasil no ano, importando 248,8 mil toneladas de carne suína brasileira, um avanço de 61% ante 2018.
"A crise sanitária na Ásia reconfigurou o comércio internacional de proteína animal. A China, que foi a maior afetada, ampliou sua capacidade de importação de carne suína brasileira com a habilitação de novas plantas em novembro de 2019", disse em nota Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.
"Este é um dos fatores que devem favorecer o aumento das vendas brasileiras em 2020", acrescentou.
A ABPA previu anteriormente um avanço de ao menos 15% nas exportações de carne de porco pelo Brasil em 2020.
China reduz tarifa de importação sobre carne de porco congelada
Beijing, 1º jan (Xinhua) -- A partir desta quarta-feira, a China implementará taxas provisórias de imposto inferiores às que se aplicam sob a categoria de nação mais favorecida para mais de 850 produtos básicos importados.
A medida visa expandir e otimizar a estrutura das importações e incentivar o potencial de importação, de acordo com uma circular sobre os ajustes das tarifas de importação emitida previamente pela Comissão de Tarifas Alfandegárias do Conselho de Estado.
Segundo a circular, a China introduzirá ou reduzirá as taxas de imposto de importação provisórias para produtos como carne de porco congelada, abacates congelados e suco de laranja não congelado.
Do mesmo modo, os produtos farmacêuticos que contenham alcalóides para o tratamento da asma e matérias-primas para a produção de novos medicamentos para diabetes, estarão isentos do pagamento de impostos de importação.
Também a partir desta quarta-feira, a China reduzirá as taxas tarifárias segundo os acordos de livre comércio que o país assinou separadamente com a Nova Zelândia, Peru, Costa Rica, Suíça, Islândia, Cingapura, Austrália, República da Coreia, Chile, Georgia e Paquistão, assim como o Acordo Comercial Ásia-Pacífico.