Índice de ações da China tem máxima de 2 anos com expectativa de acordo comercial

Publicado em 02/01/2020 07:51

HONG KONG (Reuters) - Os índices acionários chineses avançaram no primeiro dia de negociações de 2019 após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que irá assinar o acordo comercial com a China em meados do mês e após o banco central chinês ampliar o apoio de política monetária.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve alta de 1,36% e foi ao patamar mais elevado desde fevereiro de 2018. Já o índice de Xangai subiu 1,15% e chegou ao nível mais alto desde abril.

O subíndice do setor financeiro ganhou 1,2%, o de consumo caiu 0,8%, o imobiliário ganhou 0,9% e o de saúde terminou praticamente estável.

Trump disse na terça-feira que a fase 1 de um acordo comercial norte-americano com a China seria assinada em 15 de janeiro na Casa Branca, embora ainda haja considerável confusão sobre os detalhes do acordo.

Já o banco central da China informou na quarta-feira um corte na quantidade de dinheiro que todos os bancos devem reter como reservas, liberando cerca de 800 bilhões de iuanes (114,91 bilhões de dólares) em fundos para dar suporte à economia em desaceleração.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei permaneceu fechado.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,25%, a 28.543 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,15%, a 3.085 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,36%, a 4.152 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,02%, a 2.175 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,86%, a 12.100 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,91%, a 3.252 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,10%, a 6.690 pontos.

Crescimento da indústria da China desacelera em dezembro mas confiança salta, mostra PMI do Caixin

PEQUIM (Reuters) - A atividade industrial da China expandiu a um ritmo mais lento em dezembro, recuando da máxima de três anos do mês anterior com um volume menor de novas encomendas, mostrou nesta quinta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.

Mas a produção continuou a aumentar a um ritmo sólido e a confiança empresarial cresceu em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos, oferecendo mais suporte para a economia.

O PMI de indústria do Caixin/Markit para dezembro caiu a 51,5 de 51,8 no mês anterior e expectativa de analistas de que a leitura permaneceria estável. Mas continuou acima da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo quinto mês seguido.

Os resultados, que se focam principalmente em empresas pequenas e orientadas para exportação, foram menos otimistas do que da pesquisa oficial na terça-feira, que mostrou que a atividade expandiu conforme a produção cresceu no ritmo mais forte em mais de um ano.

Mas um analista destacou que a melhora na confiança empresarial e a disposição de aumentar a produção e os estoques foram dados positivos.

"A fraca confiança empresarial foi um importante fator por trás da desaceleração econômica neste ano", disse Zhengsheng Zhong, diretor de análise macroeconômica do CEBM Group.

Editorial da Xinhua: Uma sociedade próspera para 1,4 bilhão de pessoas; pobreza absoluta será eliminada neste ano de 2020

A foto aérea tirada em 15 de outubro de 2019 mostra uma vista da área de Lujiazui em Shanghai, leste da China. (Xinhua/Fang Zhe)

Beijing, 2 jan (Xinhua) -- O ano de 2019 foi cheio de dificuldades, mas as colheitas também foram abundantes.

"Em 2019, suamos e trabalhamos arduamente e prosseguimos com esforços concretos rumo aos êxitos", disse o presidente Xi Jinping na terça-feira ao pronunciar um discurso do Ano Novo em Beijing, resumindo o progresso alcançado no ano que terminou.

A economia chinesa navegou por águas agitadas de protecionismo e unilateralismo, bem como problemas estruturais domésticos. Quando a economia mundial estiver passando por uma "desaceleração sincronizada" como alertou o Fundo Monetário Internacional, a China manteve um crescimento estável e permanece um estabilizador na economia global.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China deve chegar a 100 trilhões de yuans (US$ 14,37 trilhões), enquanto seu PIB per capita deve atingir US$ 10.000 em 2019, observou Xi no discurso.

Um vislumbre de progresso da China pode dar ao mundo, especialmente aos países em desenvolvimento, mais razões para ter confiança de enfrentar os desafios apresentados pela pobreza, falta de educação, riscos de saúde pública e mudanças climáticas a caminho para a modernização.

Notavelmente, nos primeiros 10 meses, a China criou 11,93 milhões de empregos em áreas urbanas, acima da meta anual de 11 milhões. Um emprego estável significa expectativas constantes para uma vida melhor.

Em sua batalha final contra a pobreza absoluta, o governo está ajudando as pessoas a se livrarem da pobreza de maneiras mais precisas e inteligentes. No ano passado, mais de 10 milhões de pessoas foram tiradas da pobreza, a mais recente prova de que a China não deixará uma família única para trás no caminho de concluir a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos.

A pobreza absoluta que afetou a nação chinesa há milhares de anos está prestes a terminar em 2020, um milagre na história global da redução da pobreza. O ano de 2019 também registrou a implementação rápida de planos de desenvolvimento regional, incluindo a proteção ecológica e o desenvolvimento de alta qualidade da bacia do Rio Amarelo, o desenvolvimento coordenado da região Beijing-Tianjin-Hebei, o desenvolvimento do Cinturão Econômico do Rio Yangtzé, a construção da Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e o desenvolvimento integrado do Delta do Rio Yangtzé.

A renda dos moradores rurais cresceu notavelmente de forma mais rápida que a dos urbanos. Uma sociedade próspera é construída e compartilhada por todos.

A abertura acelerou. A China reduziu as tarifas de importação e expandiu suas zonas de livre comércio, tornando a conexão da economia com o exterior mais fácil. O país realizou a segunda Exposição Internacional de Importação da China e o segundo Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional, mostrando sinceridade ao cumprir a promessa de abrir suas portas mais amplamente ao mundo exterior e conduzir cooperação de ganho mútuo.

A China permanece estável, produtiva e cada vez mais próspera para abastecer o crescimento global. Isso se deve às vantagens significativas do sistema do socialismo com características chinesas. Em um país com uma enorme base populacional, um território supergrande e uma longa história, o Partido Comunista da China (PCC) une a nação e reúne recursos para alcançar a primeira meta centenária, um importante marco na jornada do rejuvenescimento nacional.

A China está confiante em sua habilidade de superar quaisquer dificuldades com sabedoria e força. Possui material sólido e base técnica acumulada desde a reforma e abertura em 1978. Com a maior população de renda média do mundo, a vantagem do mercado e a demanda nacional do país fornecem espaço sem paralelo para promover a reforma estrutural. A China conta com quase 900 milhões de habitantes na idade ativa e o maior grupo de pesquisa e desenvolvimento do mundo, o motor mais precioso para o desenvolvimento sustentável e saudável.

Mas é sábio manter uma mente sóbria: o teste e os riscos a caminho a seguir apenas se tornarão cada vez mais complicados, e a China inevitavelmente encontrará mares ásperos. As lutas não são de curto prazo, mas passarão pelo processo inteiro para alcançar a segunda meta centenária da China em meados do século 21.

A vontade do país de salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento é forte. Não permite nenhuma interferência de nenhuma força externa.

Observando que há momentos tanto pacíficos quanto agitados na história, Xi destacou: "nós não temos medo de ventos e chuvas, ou qualquer tipo de dificuldades".

A República Popular da China, que celebrou seu 70º aniversário em outubro, não está apenas alcançando como também liderando os tempos. Será a primeira vez na história da humanidade que um país com mais de um bilhão de pessoas concluirá a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos. E a China está estabelecendo esse marco.

Uma trabalhadora classifica laranjas em uma zona de demonstração da indústria do alívio da pobreza na aldeia de Qingle, distrito de Wuming, cidade de Nanning, Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, sul da China, em 27 de dezembro de 2019. A plantação de frutas se torna um pilar que aumenta as rendas de agricultores no distrito de Wuming. (Xinhua/Lu Boan)

A foto tirada em 10 de novembro de 2019 mostra a área de exposição de equipamentos na segunda Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) em Shanghai, leste da China. A segunda CIIE concluiu com acordos provisórios no valor de US$ 71,13 bilhões, alcançados para compras de bens e serviços de um ano. (Xinhua/Wang Peng).

 

 

 

Fonte: Reuters

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