China volta a cortar depósito compulsório e libera US$ 115 bi para apoiar economia

Publicado em 01/01/2020 11:38

PEQUIM (Reuters) - O banco central da China informou nesta quarta-feira um corte na quantidade de dinheiro que todos os bancos devem reter como reservas, liberando cerca de 800 bilhões de iuanes (114,91 bilhões de dólares) em fundos para dar suporte à economia em desaceleração.

O Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês) disse em seu site que reduzirá a alíquota de depósito compulsório em 50 pontos-base, a partir de 6 de janeiro. A medida reduziria o nível para grandes bancos para 12,5%.

O PBOC cortou o compulsório oito vezes desde o início de 2018 para liberar mais recursos para os bancos emprestarem, à medida que o crescimento econômico desacelera ao ritmo mais fraco em quase 30 anos.

Muitos investidores esperavam que Pequim anunciasse mais medidas de apoio em breve. Embora dados recentes tenham mostrado sinais de melhora e Pequim e Washington tenham concordado em amenizar sua longa guerra comercial, analistas não têm certeza se alguma delas se mostrará sustentável e o crescimento previsto diminuirá ainda mais este ano.

"O corte no compulsório ajudará a aumentar a confiança dos investidores e apoiará a economia, que está se estabilizando gradualmente", disse Wen Bin, economista do Minsheng Bank em Pequim, que também espera outro corte na nova taxa básica de juros da China neste mês.

A liberação de mais liquidez agora também reduziria os riscos de uma contração de crédito antes do feriado prolongado do Ano Novo Lunar no final deste mês, quando a demanda por dinheiro aumenta. Um recorde em defaults de dívida e problemas em alguns bancos menores têm se somado às tensões no sistema financeiro da China.

O PBOC disse esperar que a liquidez total do sistema bancário permaneça estável antes do Ano Novo Lunar.

Analistas dizem que a fase 1 do acordo comercial EUA-China, que deve ser assinada este mês, aliviará apenas parte da pressão sobre a economia chinesa, também afetada pela fraca demanda doméstica e global, pela desaceleração do investimento e pelo enfraquecimento da confiança empresarial.

A China planeja estabelecer uma meta de crescimento econômico menor, de cerca de 6%, em 2020, contando com o aumento dos gastos em infraestrutura do Estado para evitar uma desaceleração mais acentuada, disseram fontes políticas. O crescimento diminuiu de 6,8% em 2017 para 6% no terceiro trimestre de 2019, o mais lento desde o início dos anos 1990.

Presidente chinês faz discurso de Ano Novo 2020 prometendo alcançar primeira meta centenária

Beijing, 31 dez (Xinhua) -- O presidente chinês, Xi Jinping, fez um discurso de Ano Novo em Beijing nesta terça-feira para celebrar a chegada de 2020, prometendo alcançar a primeira meta centenária de construir uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos neste ano "historicamente marcante".

Xi prometeu tirar da miséria todos os moradores rurais que vivem abaixo da atual linha da pobreza e eliminar a pobreza em todos os distritos subdesenvolvidos.

"O ano de 2020 é crucial para ganhar a batalha antipobreza", disse Xi. "A trombeta soou. Nós devemos trabalhar em conjunto e trabalhar duramente... para assegurar a vitória na batalha contra a pobreza."

Xi também estendeu os melhores votos para Hong Kong e os compatriotas da região administrativa especial.

"A situação em Hong Kong tem sido uma preocupação de todos nos últimos meses", lembrou o presidente.

"Sem um ambiente harmonioso e estável, como pode haver um lar onde as pessoas possam viver e trabalhar felizmente!", disse Xi. "Nós sinceramente esperamos o melhor para Hong Kong e os compatriotas de Hong Kong".

Uma Hong Kong próspera e estável constitui a aspiração tanto dos compatriotas de Hong Kong, quanto das pessoas da pátria, disse ele.

Notando que há tempos tanto pacíficos como agitados na história, Xi destacou: "nós não temos medo de ventos e chuvas, ou qualquer tipo de dificuldades."

O presidente garantiu que a China inabalavelmente seguirá o caminho de desenvolvimento pacífico, salvaguardará a paz mundial e promoverá o desenvolvimento comum.

"Nós estamos prontos para darmos as mãos com as pessoas de todo o mundo para construirmos ativamente o Cinturão e Rota e promovermos a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, e para trabalharmos incansavelmente para criar um melhor futuro para a humanidade", salientou Xi.

PIB da China se aproximará de 100 trilhões de yuans em 2019, diz Xi

Beijing, 31 dez (Xinhua) -- O Produto Interno Bruto (PIB) da China deve atingir cerca de 100 trilhões de yuans (US$ 14,37 trilhões) em 2019, revelou o presidente chinês, Xi Jinping, em um discurso de Ano Novo em Beijing nesta terça-feira.

PIB per capita da China atingirá US$ 10 mil, diz Xi

Beijing, 31 dez (Xinhua) -- O produto interno bruto (PIB) per capita da China deve chegar a US$ 10 mil em 2019, destacou o presidente chinês, Xi Jinping, ao pronunciar um discurso de Ano Novo em Beijing nesta terça-feira.

China reduzirá seu coeficiente de reserva obrigatória em 50 pontos básicos

Beijing, 1º jan (Xinhua) -- O banco central da China anunciou nesta quarta-feira sua decisão de reduzir, a partir de 6 de janeiro, em 50 pontos básicos seu coeficiente de reserva obrigatória para instituições financeiras, com a justificativa de apoiar o desenvolvimento da economia real.

A medida reduzirá o capital que os credores devem ter como reservas, liberando cerca de 800 bilhões de yuans (US$ 114,6 bilhões) em liquidez a longo prazo para impulsionar a economia e diminuir o custo de financiamento social, de acordo com um funcionário do Banco Popular da China.

O funcionário explicou que a medida compensará os impactos da demanda de caixa antes da Festa da Primavera e a liquidez geral no sistema bancário permanecerá basicamente estável, negando o estímulo "semelhante a uma inundação".

"A postura da política monetária prudente não mudou", enfatizou o funcionário.

China reduz tarifa de importação sobre carne de porco congelada

Beijing, 1º jan (Xinhua) -- A partir desta quarta-feira, a China implementará taxas provisórias de imposto inferiores às que se aplicam sob a categoria de nação mais favorecida para mais de 850 produtos básicos importados.

A medida visa expandir e otimizar a estrutura das importações e incentivar o potencial de importação, de acordo com uma circular sobre os ajustes das tarifas de importação emitida previamente pela Comissão de Tarifas Alfandegárias do Conselho de Estado.

Segundo a circular, a China introduzirá ou reduzirá as taxas de imposto de importação provisórias para produtos como carne de porco congelada, abacates congelados e suco de laranja não congelado.

Do mesmo modo, os produtos farmacêuticos que contenham alcalóides para o tratamento da asma e matérias-primas para a produção de novos medicamentos para diabetes, estarão isentos do pagamento de impostos de importação.

Também a partir desta quarta-feira, a China reduzirá as taxas tarifárias segundo os acordos de livre comércio que o país assinou separadamente com a Nova Zelândia, Peru, Costa Rica, Suíça, Islândia, Cingapura, Austrália, República da Coreia, Chile, Georgia e Paquistão, assim como o Acordo Comercial Ásia-Pacífico.

Principais empresas de internet da China registram crescimento robusto nos lucros

Beijing, 1º jan (Xinhua) -- As principais empresas de internet da China registraram forte expansão em receita e lucros nos primeiros 11 meses de 2019, mostraram os dados oficiais.

As principais empresas de internet arrecadaram 1,09 trilhão de yuans (US$ 155,51 bilhões) em receitas entre janeiro e novembro de 2019, um aumento de 22,4% em relação ao ano anterior, de acordo com o Ministério da Indústria e Informatização.

Os lucros foram de 103,1 bilhões de yuans, representando também um aumento de 22,4% em relação ao ano anterior.

As principais empresas de internet referem-se àquelas com receita anual de internet e serviços relacionados acima de 5 milhões de yuans.

Os dados também mostraram que o investimento em pesquisa e desenvolvimento do setor cresceu 12,8% anualmente, para 43 bilhões de yuans, durante o período.

 

 

Fonte: Reuters/Xinhua (agencia estatal)

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