Wall St fecha em queda e se afasta de recordes com realização de lucros de fim de ano
NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de ações de Wall Street fecharam em queda nesta segunda-feira, afastando-se de recordes, com os investidores auferindo lucros com os ganhos obtidos neste mês depois que os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo comercial.
O índice Dow Jones caiu 0,64%, para 28.462,14 pontos. O S&P 500 perdeu 0,58%, para 3.221,29 pontos. E o Nasdaq caiu 0,67%, para 8.945,99 pontos.
Os três índices registraram a maior queda diária em cerca de quatro semanas.
A segunda-feira trouxe poucas atualizações sobre o acordo comercial entre EUA e China. O assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, disse que o acordo provavelmente será assinado na próxima semana, mas essa confirmação virá do presidente Donald Trump ou do representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer.
Notícia do South China Morning Post trouxe que o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, viajaria a Washington ainda nesta semana para assinar o acordo.
"Muitos operadores e gestores cumpriram suas metas e não querem comprometer seu desempenho", disse Quincy Krosby, estrategista-chefe de mercado da Prudential Financial em Newark, Nova Jersey. "Portanto, não é incomum ver alguma realização de lucros quando chegamos ao final do ano."
Entre os setores do S&P 500, as ações dos serviços de comunicação recuaram 1%, na maior queda percentual entre os segmentos do S&P 500. O índice de tecnologia caíram 0,6% e exerceram a maior pressão negativa no índice de referência.
No ano, o segmento de tecnologia apresenta aumento de 47,5%, enquanto serviços de comunicação ganha 30,6% --ambos sustentando os ganhos percentuais do S&P 500 em 2019.
Nesta terça-feira, as ações serão negociadas em Wall Street em uma sessão completa antes do feriado do Ano Novo na quarta-feira.
Bolsas asiáticas fecham sem direção única, mas com fortes ganhos anuais
São Paulo - As bolsas da Ásia terminaram sem direção única o último pregão de 2019, com os principais índices chineses em alta após a confirmação de que a indústria do país se expandiu em dezembro. No acumulado de 2019, contudo, os principais mercados asiáticos registraram fortes ganhos em meio ao otimismo com a relação entre Estados Unidos e China.
Os índices da China alcançaram seus melhores resultados em mais de quatro anos. Lá, a Bolsa de Xangai fechou nesta terça-feira em alta de 0,33%, em 3.050,12 pontos, e com ganho de 22% em 2019. O índice menos abrangente Shenzhen registrou avanço de 0,55%, a 1.722,95 pontos, mas saltou 36% no ano. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do país mostrou expansão pela segunda vez consecutiva, após seis meses de contração.
Em outras partes da Ásia, o Taiex, de Taiwan, e o Nikkei, do Japão, também ficaram entre os melhores desempenhos do ano, com altas de 23% e 18%, respectivamente. Nesta terça-feira, o índice Taiex cedeu 0,47%, para 11.997,14 pontos, mas o Nikkei não operou devido ao feriado.
Com desempenho inferior aos de seus pares no continente, o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 9,1% em 2019, com a confiança dos investidores afetada pela onda de protestos prolongados na região semiautônoma. Em Hong Kong e na Oceania, além disso, o pregão foi reduzido devido ao feriado. O índice Hang Seng fechou neste dia 31 em queda de 0,46%, para 28.189,75 pontos, enquanto o S&P/ASX 200 caiu 1,78%, a 6.684,10 pontos.
Mas, para 2020, ainda há incertezas, apontam investidores. O Nomura afirma esperar que as economias asiáticas enfraqueçam ainda mais no próximo ano. O crescimento econômico desacelerou nos últimos meses na China devido à redução da demanda do consumidor, o que, por sua vez, levou a estoques elevados. O banco de investimentos projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) da China crescerá 5,7% em 2020, contra uma estimativa de 6,1% neste ano.
O Kospi, da Coreia do Sul, que não abriu nesta terça, ganhou 7,7% ao longo do ano. (Com informações da Dow Jones Newswires).