China cortará tarifas de importação sobre vários produtos (de suínos à abacate) em janeiro

Publicado em 23/12/2019 09:22
Corte em tarifas anunciado pela China valerá para todos seus parceiros comerciais, não apenas os EUA.

A China anunciou que cortará tarifas de importação sobre carne de porco congelada, farmacêuticos e alguns componentes de alta tecnologia a partir de 1º de janeiro. A medida é adotada no momento em que Pequim e Washington tentam concluir a fase 1 do acordo comercial bilateral.

O plano, aprovado pelo gabinete chinês, reduzirá tarifas para todos os parceiros comerciais sobre mais de 859 tipos de produtos para abaixo das taxas garantidas às nações menos favorecidas, afirmou o Ministério das Finanças nesta segunda-feira. As tarifas para nações menos favorecidas são as menores possíveis que um país oferece a seus parceiros comerciais.

A tarifa é reduzida também no momento em que a China busca ampliar seus estoques de carne de porco, diante de uma epidemia de febre suína, bem como de produtos semicondutores e remédios para tratar asma e diabetes. As tarifas sobre alguns produtos cairão a zero.

O plano também reduzirá tarifas de importação sobre mais de 8 mil produtos para 23 países e regiões que têm acordos de livre-comércio com a China, entre eles Austrália, Coreia do Sul, Islândia, Nova Zelândia e Paquistão, a partir do início do próximo ano. O comunicado afirma que a China reduzirá mais tarifas sobre produtos e serviços de tecnologia da informação a partir de 1º de julho de 2020.

Os cortes de tarifas parecem abrir caminho para a China importar mais dos EUA sem violar regras internacionais de comércio. Fonte: Dow Jones Newswires.

China vai reduzir tarifas de importação sobre suíno congelado e abacate a partir de 1 de janeiro (Reuters)

PEQUIM (Reuters) - A China vai reduzir no próximo ano tarifas sobre produtos que vão de carne suína congelada e abacate a alguns tipos de semicondutores, conforme o país busca aumentar as importações em meio à desaceleração da economia e à guerra comercial com os Estados Unidos.

No próximo ano, a China vai implementar tarifas de importação temporárias, mais baixas do que as taxas para os países mais favorecidos, sobre mais de 850 produtos, disse o Ministério das Finanças nesta segunda-feira. Isso em comparação a 706 produtos que foram taxados de forma temporária em 2019.

As mudanças foram adotadas para "aumentar as importações de produtos que enfrentam uma relativa escassez doméstica, ou produtos especiais estrangeiros para o consumo diário", explicou o ministério em comunicado em seu site.

China e Estados Unidos amenizaram sua guerra comercial neste mês ao anunciarem a fase 1 de um acordo que vai reduzir algumas tarifas dos EUA em troca de mais compras chinesas de produtos agrícolas norte-americanos e outros.

O Ministério das Finanças informou que a tarifa sobre carne suína congelada será reduzida para 8%, ante 12%, no momento em que a China enfrenta problemas na oferta depois que de uma grave doença suína dizimar sua produção de porcos.

Um surto de peste suína africana que começou em agosto do ano passado quase reduziu pela metade o rebanho de porcos da China, segundo dados oficiais, fazendo com que os preços da carne suína subissem a níveis recordes.

A China emitiu uma série de medidas para impulsionar a produção de suínos, enquanto eleva as importações de várias carnes para atender à demanda doméstica.

A China importou 229.707 toneladas de carne de porco em novembro, um aumento de mais de 150% em relação ao ano anterior. As importações de carne de porco nos primeiros 11 meses do ano ficaram em 1,733 milhão de toneladas, 58% a mais que no ano anterior.

O governo chinês também reduzirá as tarifas de importação temporária de ferronióbio - usado como aditivo ao aço de baixa liga e aço inoxidável de alta resistência para oleodutos e gasodutos, carros e caminhões - de 1% para zero em 2020, visando o desenvolvimento de alta tecnologia.

O país importou 35.909 toneladas de ferronióbio em 2018 e 37.818 toneladas nos primeiros 10 meses deste ano.

A tarifa sobre abacate congelado foi reduzida para 7% em relação ao imposto da nação mais favorecida de 30%, disse o ministério.

A economia da China está se expandindo em sua taxa mais fraca em quase 30 anos e pode enfrentar mais pressão no ano que vem, mas o governo prometeu manter o crescimento dentro de um intervalo razoável em 2020 e manter políticas eficazes.

Importações de carne de porco pela China saltam 150% em novembro após peste suína

PEQUIM (Reuters) - As importações de carne suína pela China em novembro saltaram mais de 150% na comparação anual, para 229,7 mil toneladas, o maior nível desde ao menos 2016, à medida que o país, principal consumidor global desse tipo de carne, sofre com severa falta de oferta doméstica devido a surtos de peste suína africana.

Os dados também apontam alta de 30% ante as 177,4 mil toneladas do mês anterior, mostraram números da Administração Geral de Alfândegas nesta segunda-feira, com atacadistas elevando seus estoques às vésperas do feriado do Festival de Primavera.

As importações de carne suína ficaram em 1,73 milhão de toneladas nos primeiros 11 meses do ano, alta de 58% na comparação anual. O dado é não inclui miúdos e outras partes, agregadas em números referentes a "carnes variadas".

Um surto de peste suína africana que começou em agosto do ano passado cortou quase pela metade o rebanho suíno chinês, segundo dados oficiais, o que levou os preços da carne de porco para níveis recorde.

As importações de carne suína em novembro foram as maiores desde janeiro de 2016, quando começaram os registros do terminal Eikon, da Refinitiv.

Além de ter iniciado uma série de medidas para impulsionar a produção de suínos, a China abriu seu mercado para novas fontes de carne, para ajudar a cobrir a falta de oferta.

Importações de frango saltaram, com alta de 70,9% na comparação anual em novembro, para 77,89 mil toneladas.

Importações de carne bovina, mais cara, mas cada vez mais popular na crescente classe média chinesa, cresceram 79,3% na comparação anual em novembro, para 186,9 mil toneladas.

  • Carne de porco à venda em mercado de Pequim 11/11/2019 REUTERS/Fang Nanlin

  • Vice-premiê chinês salienta oferta da carne suína para iminentes feriados (por Xinhua)

    Beijing, 23 dez (Xinhua) -- A China tomará múltiplas medidas para atender a demanda de consumo de suínos nos iminentes feriados do Ano Novo e da Festa da Primavera e pretende a manter os preços da carne de porco em nível estável, de acordo com uma reunião recém-realizada relativa à recuperação da produção de suínos.

    O vice-premiê Hu Chunhua disse na reunião que o consumo da carne suína crescerá intensivamente durante o primeiro trimestre e esforços devem ser feitos para evitar oferta insuficiente.

    Hu ressaltou que a necessidade de encorajar os produtores de suínos a expandir a produção da carne suína, salientando que mais reservas de carnes de porco, boi, cordeiro e frango devem ser liberadas para o mercado.

    Enquanto isso, a supervisão do mercado deve ser reforçada para evitar acúmulo, especulação e manipulação de preços.

    Planos de contingência precisam ser feitos para lidar com o tempo adverso, que pode dificultar o aumento da oferta de carne suína, disse o vice-premiê.

    A assistência e ajuda sociais devem ser ativadas para ajudar as pessoas com dificuldades financeiras.

    "Para manter estáveis os preços dos suínos e garantir a oferta de suínos, a maneira mais fundamental é restaurar a produção da carne suína", disse ele, pedindo às autoridades locais que tomem medidas efetivas para cumprir as metas.

  • Produção industrial da China crescerá cerca de 5,6% em 2019, diz ministério

  • PEQUIM (Reuters) - A produção industrial da China deve crescer cerca de 5,6% em 2019, afirmou nesta segunda-feira o Ministério da Indústria e da Tecnologia da Informação.

    A produção industrial subiu 6,2% em novembro na comparação com o ano anterior, acelerando ante 4,7% em outubro.

    Também foi a taxa de crescimento anual mais rápida em cinco meses, mostraram dados oficiais.

  • Exportação de gasolina da China sobe a nível recorde com maior produção em refinarias

  • CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - As exportações de gasolina da China em novembro quase triplicaram ante o mesmo período do ano passado, para uma máxima histórica, com refinarias processando petróleo perto de níveis recorde para aproveitar robustas margens de lucro.

    Os embarques de gasolina foram de 1,84 milhão de toneladas no mês passado, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas nesta segunda-feira. O recorde anterior, de outubro, era de 1,73 milhão de toneladas, enquanto em novembro de 2018 foram 630 mil toneladas.

    As exportações de diesel cresceram para 2,21 milhões de toneladas, ante 1,19 milhão de toneladas em outubro, com alta de quase 80% ante o mesmo mês do ano anterior.

    O processamento de petróleo pelas refinarias chinesas em novembro cresceu 10,1% na comparação anual, para o segundo mais nível já registrado, com refinarias no país, segundo maior consumidor global de petróleo, elevando a produção para tirar proveito de margens estáveis.

    O crescimento nas importações vem em meio a uma demanda mais fraca por gasolina no mercado doméstico devido a uma prolongada desaceleração nas vendas de carros novos. O diesel, por outro lado, tem sido mais demandado que o esperado pelos setores de mineração e construção.

    (Por Chen Aizhu em Cingapura e Redação Pequim)

  • China avalia mais cortes de compulsório para reduzir custos de financiamento, diz premiê

  • PEQUIM (Reuters) - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse nesta segunda-feira que o governo vai estudar a adoção de mais medidas para reduzir os custos de financiamento a empresas menores, incluindo cortes generalizados e específicos na taxa de compulsório, reepréstimo e redesconto.

    Li deu as declarações durante viagem à província de Sichuan, de acordo com a televisão estatal CCTV. Ele não deu detalhes.

    O crescimento econômico da China desacelerou para mínimas de 30 anos no terceiro trimestre.

  • Índices acionários da China têm maior queda em seis semanas pressionados por tecnologia

  • XANGAI (Reuters) - Os índices acionários da China registraram nesta segunda-feira a maior queda diária em seis semanas, pressionados por uma correção em ações de tecnologia após um fundo estatal anunciar planos para reduzir suas participações em algumas dessas empresas.

    O índice CSI300 <.CSI300>, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 1,25%, enquanto o índice de Xangai <.SSEC> fechou com perdas de 1,4%. Ambos registraram o maior recuo desde 11 de novembro.

    O National Integrated Circuitry Investment Fund, também conhecido como "Big Fund", planeja reduzir suas participações na Gigadevice Semiconductor <603501.SS>, na fabricante de chips Shenzhen Goodix Technology <603160.SS> e na Hunan Goke Microelectronics <300672.SZ> em cerca de um ponto percentual cada, de acordo com comunicados dessas empresas.

    Essas três ações, bem como o setor de tecnologia, ficaram sob pressão após o anúncio.

    O índice de TI do CSI <.CSIINT> e o de serviços de telecomunicações <.CSI000994> despencaram respectivamente 2,6% e 2,9%.

    . Em TÓQUIO, o índice Nikkei <.N225> avançou 0,02%, a 23.821 pontos.

    . Em HONG KONG, o índice HANG SENG <.HSI> subiu 0,13%, a 27.906 pontos.

    . Em XANGAI, o índice SSEC <.SSEC> perdeu 1,40%, a 2.962 pontos.

    . O índice CSI300 <.CSI300>, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,25%, a 3.967 pontos.

    . Em SEUL, o índice KOSPI <.KS11> teve desvalorização de 0,02%, a 2.203 pontos.

    . Em TAIWAN, o índice TAIEX <.TWII> registrou alta de 0,53%, a 12.022 pontos.

    . Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES <.STI> valorizou-se 0,05%, a 3.214 pontos.

    . Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 <.AXJO> recuou 0,46%, a 6.785 pontos.

  • Xinhua: China manterá a produção de grãos acima de 650 milhões de tons em 2020

  • Beijing, 23 dez (Xinhua) -- A produção de grãos da China deve se manter acima de 650 bilhões de quilos no próximo ano e ter uma área de cultivo acima de 95 milhões de hectares, disse no domingo o ministro da Agricultura e dos Assuntos Rurais da China.

    O ministro Han Changfu fez a observação em uma reunião que reuniu os chefes dos departamentos agrícolas do nível municipal.

    Ele disse que a China realizou historicamente uma grande safra de grãos por 16 anos consecutivos, atingindo 663,85 bilhões de quilos este ano, superando a meta de 650 bilhões por cinco anos consecutivos.

    Apesar dos êxitos, a capacidade de produção de grãos da China ainda precisa ser consolidada, disse Han, acrescentando que pessoas em alguns lugares fizeram menos esforços no cultivo ou até o reduziram.

    Para manter as grandes safras do país, o ministro disse que garantir a estabilidade de políticas e manter áreas de cultivo estáveis são essenciais.

    No próximo ano, o país completará o cultivo de 5,3 milhões de hectares de terra cultivada de alto padrão e a montagem de instalações altamente eficientes de irrigação com economia de água em 1,3 milhão de hectares de terra cultivada, segundo ele.

    Planos de contingência devem ser feitos para evitar infestação de insetos e lidar com secas ou inundações regionais quando necessário, enquanto o alerta precoce deve ser melhorado, disse o ministro.

    A recuperação da produção de porcos e o desenvolvimento da criação animal moderna aumentarão a demanda por milho, e por isso grandes áreas de produção necessitam elevar a produtividade para garantir uma oferta estável em todo o país.

    A produção de soja e o cultivo de arroz e trigo especial de alta qualidade serão encorajados, acrescentou ele.

    Um agricultor colhe trigos na aldeia de Lijiakou do distrito de Yongqing, da Província de Hebei, norte da China, em 13 de junho de 2019. (Xinhua/Li Binghui)

Fonte: Agência Estado/Reuters

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