S&P 500 tem maior ganho semanal desde setembro em meio a otimismo comercial

Publicado em 20/12/2019 19:13

NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos voltaram a bater máximas recordes de fechamento nesta sexta-feira, com o S&P 500 registrando seu maior ganho percentual semanal desde o início de setembro, após dados mostrarem um aumento nos gastos por consumidores no país e investidores continuarem otimistas quanto ao progresso na guerra comercial entre EUA e China.

De acordo com dados preliminares, o Dow Jones fechou em alta de 0,27%, a 28.454,55 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,49%, para 3.221,19 pontos, e o Nasdaq Composto avançou 0,42%, para 8.924,96 pontos.

Além do forte avanço na semana, o S&P 500 também atingiu sua sétima máxima histórica intradia seguida, na maior sequência de recordes desde outubro de 2017, enquanto o Nasdaq terminou com ganhos pela oitava sessão consecutiva.

O presidente dos EUA, Donald Trump, citou progressos em relação a questões comerciais, Coreia do Norte e Hong Kong após conversar com o presidente da China, Xi Jinping, dissipando temores de uma nova escalada na guerra comercial entre os países.

"Esta época do ano tende a ser positiva para o mercado", disse Walter Todd, diretor de investimentos da Greenwood Capital Associates. "Não há nada óbvio entre agora e o final do ano que possa mudar a direção em que estamos caminhando."

O S&P 500 acumulou alta pela quarta semana consecutiva, avançando 1,7% no período, seu maior ganho semanal desde o início de setembro.

Os gastos dos consumidores, fator-chave para a economia norte-americana e importante foco para os investidores, cresceram 0,4% em novembro, somando-se a uma série de dados positivos recentes, que ajudaram a amenizar os temores de recessão que haviam pressionado o mercado no início deste ano.

Trump fará discurso do Estado da União em 4 de fevereiro

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará seu discurso anual do Estado da União em 4 de fevereiro, depois de aceitar um convite da presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, na sexta-feira.

Pelosi fez o convite para Trump discursar em uma sessão conjunta do Congresso, em uma carta que foi publicada no Twitter por seu porta-voz, Drew Hammill.

O discurso de Trump poderá ter um tom mal-humorado. O convite ocorre dois dias depois que a Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, votou pela aprovação de dois artigos de impeachment contra Trump.

O Senado controlado pelos republicanos deve realizar um julgamento de impeachment a partir do início de janeiro. A remoção de Trump do cargo por meio do processo de impeachment, no entanto, é bastante improvável.

O porta-voz da Casa Branca Hogan Gidley disse que Trump aceitou o convite para discursar.

Bolsas da Europa fecham em alta com EUA-China e primeira aprovação do Brexit (Estadão)

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira, 20. Os mercados se mostram otimistas com o acordo comercial entre Estados Unidos e China, anunciado na semana passada. O bom humor foi reforçado no final da manhã de hoje, pelo horário de Brasília, após o presidente americano, Donald Trump, citar em seu Twitter que teve um telefonema "muito bom" com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre o "acordo comercial gigante".
 
Também no radar dos investidores esteve o acordo para o Brexit, aprovado hoje pela Câmara dos Comuns do Reino Unido.
 
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,80%, em 418,40 pontos. Na comparação semanal houve avanço de 1,55%.
 
Investidores renovaram as boas expectativas em torno da assinatura da primeira fase do acordo comercial entre EUA e China em janeiro, com afirmações do presidente Trump. Em sua conta no Twitter, Trump informou que teve "um telefonema muito bom" com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o "acordo comercial gigante" que está sendo fechado.
 
Segundo ele, o país asiático já começou a fazer "compras em grande escala de produtos agrícolas e outras".
Trump afirmou que a assinatura formal do acordo está "sendo arranjada". Anteriormente, autoridades americanas haviam dito que o documento passava por revisões técnicas e outros passos, para então ser formalizado em janeiro.
 
No Velho Continente, a Câmara dos Comuns do Reino Unido votou a favor do acordo do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para o Brexit, um passo significativo para a saída do país da União Europeia em 31 de janeiro. A votação ainda não é o endosso final necessário para a aprovação do acordo, mas simboliza o fim de anos de disputas políticas sobre o Brexit. A lei ainda deve passar por outra votação na Câmara dos Comuns e obter aprovação na Câmara dos Lordes.
 
Além disso, foi bem recebida pelo mercado a confirmação de que o presidente da Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) britânica, Andrew Bailey, será o substituto de Mark Carney à frente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
 
Relatório do Morgan Stanley vê a nomeação de Bailey como uma "continuidade institucional e política" no BoE. "Vemos uma recuperação até 2020 com o alívio fiscal e a incerteza reduzida com o Brexit. As negociações comerciais com a União Europeia são o principal risco para as perspectivas", avalia a instituição.
 
Em Londres, o índice FTSE 100, que estava no território negativo virou no fim do pregão, fechou em alta de 0,11%, em 7.582,48 pontos. Na comparação semanal houve avanço de 3,11%.
 
Os investidores também acompanharam hoje indicadores no Reino Unido e Alemanha. O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido apresentou alta de 0,4% no terceiro trimestre do ano em relação aos três meses anteriores. O dado surpreendeu o mercado, que apontava para uma elevação mais contida no período, de 0,3%.
 
Já o índice de confiança GFK do consumidor da Alemanha caiu de 9,7 em dezembro para 9,6 na pesquisa de janeiro. O resultado frustrou a expectativa de analistas, que contavam com alta para 9,8.
 
Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,81, aos 13.318,90 pontos. Na comparação semanal houve alta de 0,27%.
 
Em Paris, o índice CAC 40 fechou em alta de 0,82%, a 6.021,53 pontos. Alta de 1,73% na comparação com a semana anterior.
 
Em Milão, o índice FTSE MIB avançou 1,24%, a 24.003,64 pontos, terminando na máxima do dia. Na comparação semanal o índice também subiu 2,89%.
 
Em Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 fechou com elevação de 0,65%, a 9.675,50 pontos, também na máxima do dia. Houve avanço semanal de 1,17%.
 
Em Lisboa, o índice PSI-20 encerrou o dia em alta de 0,41%, com 5.240,09 pontos, com elevação de 0,71% na comparação semanal.
 

 

Fonte: Reuters

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