Avaliação negativa do governo e desaprovação a Bolsonaro aumentam, diz CNI/Ibope
SÃO PAULO (Reuters) - A avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro e a desaprovação à sua maneira de governar aumentaram, mostrou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.
De acordo com o levantamento, o percentual dos que consideram a gestão Bolsonaro ruim ou péssima é de 38%, ante 34% no levantamento realizado em setembro.
A sondagem colocou em 29% o percentual daqueles que avaliam o governo como ótimo ou bom --ante 31% em setembro-- e apontou que 31% avaliam o governo como regular, ante 32% em setembro.
De acordo com a pesquisa, 53% dos entrevistados desaprovam a forma de Bolsonaro governar, contra 50% em setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
O percentual dos que aprovam a maneira de governar do presidente é de 41%, contra 44% na sondagem anterior.
O percentual dos que não confiam no presidente oscilou 1 ponto percentual para cima, somando agora 56%, já o percentual dos que confiam em Bolsonaro variou 1 ponto para baixo, chegando a 41%, de acordo com a CNI/Ibope.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre os dias 5 e 8 de dezembro em 127 municípios.
CNI/Ibope: mais da metade da população desaprova a maneira de Bolsonaro governar
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Por Camila Turtelli
Mais da metade dos brasileiros desaprova a maneira do presidente Jair Bolsonaro governar o País, mostra pesquisa feita pelo Ibope e divulgada nesta sexta-feira, 20, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de pessoas que desaprovam a maneira de Bolsonaro governar oscilou de 50% em setembro para 53% este mês.
A aprovação, por sua vez, passou de 44% para 41% no mesmo período. Na série histórica do Ibope, esta é a quarta pesquisa em que o porcentual de entrevistados que desaprovam o governo Bolsonaro é marginalmente maior do que a quantidade de pessoas que aprovam a gestão.
Desde janeiro, a aprovação do governo vem caindo na série do Ibope: era de 67% em janeiro e caiu 26 pontos. A desaprovação, por outro lado, subiu 32 pontos: foi de 21% para 53%.
Segundo o levantamento, a parcela da população que considera o governo Jair Bolsonaro ótimo ou bom oscilou de 31% para 29%, em relação à edição de setembro. O porcentual dos brasileiros que avalia a atual administração como ruim ou péssima oscilou de 34% para 38%, no comparativo. As variações ocorreram dentro da margem de erro da pesquisa.
Confiança
Em outro quesito do levantamento, 56% dos entrevistados dizem não confiar no presidente Jair Bolsonaro. O índice era de 55% em setembro. Já os que confiam caíram de 42% para 41% entre um trimestre e outro.
O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre 5 e 8 de dezembro. O levantamento anterior havia sido realizado de 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima e para baixo.
CNI/Ibope: mais da metade da população desaprova a maneira de Bolsonaro governar (Estadão)
Por Camila Turtelli, do jornal O Estado de S. Paulo
Mais da metade dos brasileiros desaprova a maneira do presidente Jair Bolsonaro governar o País, mostra pesquisa feita pelo Ibope e divulgada nesta sexta-feira, 20, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de pessoas que desaprovam a maneira de Bolsonaro governar oscilou de 50% em setembro para 53% este mês.
A aprovação, por sua vez, passou de 44% para 41% no mesmo período. Na série histórica do Ibope, esta é a quarta pesquisa em que o porcentual de entrevistados que desaprovam o governo Bolsonaro é marginalmente maior do que a quantidade de pessoas que aprovam a gestão.
Desde janeiro, a aprovação do governo vem caindo na série do Ibope: era de 67% em janeiro e caiu 26 pontos. A desaprovação, por outro lado, subiu 32 pontos: foi de 21% para 53%.
Segundo o levantamento, a parcela da população que considera o governo Jair Bolsonaro ótimo ou bom oscilou de 31% para 29%, em relação à edição de setembro. O porcentual dos brasileiros que avalia a atual administração como ruim ou péssima oscilou de 34% para 38%, no comparativo. As variações ocorreram dentro da margem de erro da pesquisa.
Confiança
Em outro quesito do levantamento, 56% dos entrevistados dizem não confiar no presidente Jair Bolsonaro. O índice era de 55% em setembro. Já os que confiam caíram de 42% para 41% entre um trimestre e outro.
O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre 5 e 8 de dezembro. O levantamento anterior havia sido realizado de 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima e para baixo.
Irritado com perguntas sobre investigação de Flávio, Bolsonaro ataca jornalistas
BRASÍLIA (Reuters) - Irritado com perguntas sobre as investigações a respeito de um suposto esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro que envolve seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, o presidente Jair Bolsonaro atacou jornalistas no Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira, e reclamou que a imprensa "só vê um lado".
Ao ser questionado por um dos jornalistas o que aconteceria se Flávio tivesse cometido algum deslize, Bolsonaro respondeu: "Você tem uma cara de homossexual terrível. Nem por isso eu te acuso de ser homossexual."
Em seguida, depois de Bolsonaro dizer que ele era o responsável por um empréstimo de 40 mil reais a Fabrício Queiroz, um ex-assessor de Flávio, um outro jornalista perguntou se ele teria o comprovante do empréstimo.
"Ô rapaz, pergunta para tua mãe o comprovante que ela deu para o teu pai, certo?", respondeu o presidente. "Você tem a nota fiscal desse relógio que está no teu braço? Não tem, porra."
Com palavrões, Bolsonaro também mandou um repórter parar de falar enquanto ele estava respondendo e, aos gritos, cobrou que os jornalistas dissessem se o processo de Flávio estava ou não em segredo de Justiça.
"Olha só, uma pergunta a vocês. O processo é segredo de Justiça ou não é? Respondam?. Respondam, porra", gritou.
Cercado por um grupo de apoiadores, Bolsonaro falou sobre o caso por mais de 10 minutos, na maior parte do tempo para atacar a imprensa, o Ministério Público do Rio de Janeiro, a quem acusa de persegui-lo, e o governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, a quem atribuiu uma armação para prejudicá-lo e ser candidato à Presidência.
"É um trabalho porco que estão fazendo contra a gente no Rio de Janeiro, e vocês aqui não sabem ver outro lado, só veem um lado", reclamou.
Ao seu lado, os apoiadores também xingavam os jornalistas de "safados" e com outras ofensas. Na saída do Alvorada, os apoiadores do presidente ficam ao lado dos jornalistas, separados dos repórteres por duas grades baixas. "Lula preso, Brasil livre", entoavam enquanto Bolsonaro deixava o local.
Pouco depois, o sindicato dos jornalistas local repudiou o comportamento "descontrolado" do presidente.
"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) repudia mais um violento ataque do presidente Jair Bolsonaro a jornalistas", afirmou o sindicato em nota.
"Completamente descontrolado devido às denúncias que ligam sua família e amigos a atividades criminosas, Bolsonaro fez ataques com teor homofóbico e pessoal aos profissionais de imprensa para tentar desviar do assunto e ganhar aplausos dos apoiadores que dividem o mesmo espaço com jornalistas", acrescentou a nota.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também criticou a postura do presidente.
"Nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro, ao ser abordado por jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, assediou moralmente os profissionais, recusou-se a responder perguntas e disse que a imprensa deveria se calar", disse a Abraji.
"Atacar jornalistas como forma de evitar prestar informações de interesse público e receber aplausos de apoiadores é ação incompatível com o respeito ao trabalho da imprensa, fundamental para a democracia", acrescentou a associação.
Essa foi a primeira vez que Bolsonaro falou sobre a nova fase da investigação envolvendo seu filho Flávio. Desde o estouro da operação, na quarta-feira, o presidente já se reuniu com o filho e o advogado de Flávio, Frederick Wassef, algumas vezes.
Na quarta, Bolsonaro evitou os jornalistas. Na quinta-feira, ao ser perguntado sobre o caso, disse que falaria sobre os seus problemas, mas que, "dos outros", não tinha nada a ver com isso.
(Por Lisandra Paraguassu)