Indicador Antecedente de Emprego da FGV avança 2,6 pontos em novembro

Publicado em 11/12/2019 06:09

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,6 pontos na passagem de outubro para novembro deste ano e chegou a 88,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Esse é o maior nível desde abril (92,5 pontos).

O Iaemp é calculado com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e do setor de serviços, com o objetivo de antecipar a tendência do mercado do trabalho nos próximos meses.

No entanto, o outro indicador sobre o mercado de trabalho da FGV, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), teve piora no período. O ICD é calculado com base na percepção dos consumidores sobre o desemprego atual e medido em uma escala invertida de zero a 200 pontos, em que quanto maior for a pontuação pior será o resultado.

O ICD subiu 3,1 pontos e chegou a 96,1 pontos, dez pontos a mais do que a média da série histórica iniciada em 2005 (84,2 pontos). Segundo o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, o patamar elevado do indicador e a piora de novembro mostram que ainda há um “longo caminho para reduções em ritmo mais forte da taxa de desemprego”.

Comércio paulistano espera aumento de 3% a 7% em vendas de Natal

As vendas de Natal no comércio paulistano devem crescer entre 3% e 7% este ano, estimam as associações e federações de lojistas. Só na região da Rua 25 de Março, a expectativa do comércio é de que as compras natalinas atraiam 1 milhão de pessoas por dia. 

Com a esperada movimentação de consumidores, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou uma operação especial. Para manter a segurança de pedestres e a fluidez no trânsito, a CET decidiu interditar a Rua 25 de Março entre a Rua Carlos de Souza Nazaré e a Ladeira Porto Geral e suas transversais: Rua Afonso Kherlakian, Rua Lucrécia Leme e Ladeira da Constituição. A interdição será até o dia 24 de dezembro, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 16h. Aos sábados, a Ladeira Porto Geral também será interditada. 

Segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a expectativa de alta nas vendas de Natal, em torno de 3%, se deve à liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), à queda na taxa de juros e ao décimo terceiro salário. 

Movimento do comércio popular no Brás no mês do Natal. - Rovena Rosa/Agência Brasil

Já a Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP) estima que as vendas de Natal deste ano podem crescer até 5%. Para os lojistas, os consumidores devem utilizar o décimo terceiro salário como um aporte financeiro para as compras. O tíquete médio de compra, estimado pela federação, pode variar entre R$ 150 e R$ 300, com destaque para os setores de vestuário e eletrônicos, seguido pelo de cosméticos. 

“O Natal ocupa o lugar mais alto do pódio, quando comparadas às datas mais importantes do 2º semestre para o varejo. Essa época permite que os lojistas prolonguem o horário de funcionamento das lojas, influenciando o consumo”, disse Maurício Stainoff, presidente da FCDLESP. 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima um crescimento ainda maior no faturamento de vendas do comércio varejista no estado, em torno de 7%, superando os R$ 76 bilhões. Segundo a federação, será o melhor resultado para dezembro de toda a série, iniciada em 2008. 

Entre as nove atividades pesquisadas, o destaque vai para os setores de materiais de construção (que podem crescer 15%), farmácias e perfumarias (14%) e lojas de móveis e decoração (14%). Isso deve ocorrer, de acordo com a federação, por causa do “mercado de trabalho mais aquecido, pelos juros reduzidos, pela inflação controlada e pelo ambiente político adequado para viabilizar projetos importantes”.

Movimento do comércio popular no Brás no mês do Natal. - Rovena Rosa/Agência Brasil

Inflação para família de baixa renda tem alta de 0,54% em novembro

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou alta de 0,54% para as famílias de renda mais baixa, até R$ 1.643,78 por mês, em novembro. Para as famílias de maior poder aquisitivo, com renda domiciliar maior que R$ 16.442,40, a alta foi de 0,43% no mesmo mês. Os dados foram divulgados, hoje (10), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Cerca de 70% da alta inflacionária registrada entre as famílias mais pobres se explica pela variação de preços nos grupos de alimentação e habitação, com reajuste de 8,1% nas carnes e 2,2% nas tarifas de energia elétrica - com a mudança da bandeira tarifária de verde para amarela.

“No caso das famílias mais ricas, embora o reajuste das carnes e da energia também tenha pressionado suas taxas de inflação, o menor peso desses itens em sua cesta de consumo acaba por aliviar seus impactos altistas”, disse o Ipea. Em contrapartida, os aumentos de 0,78% no preço dos combustíveis, de 4,4% nas passagens aéreas e de 24,4% nos jogos lotéricos foram os que mais pressionaram a inflação nas classes mais altas.

No acumulado em 12 meses encerrados em novembro, todos os segmentos de renda tiveram elevação inflacionária, sendo de 3,40% para a faixa de renda muito baixa e de 3,26% para as famílias de renda alta.

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda é calculado mensalmente, com base nas variações de preços de bens e serviços disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

tabela ipea - Ipea
Fonte: Agência Brasil

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