Poupança tem captação líquida de R$ 2,426 bilhões em novembro, diz BC

Publicado em 05/12/2019 17:51
As famílias brasileiras voltaram a aplicar recursos na caderneta de poupança em novembro. Dados do Banco Central mostram que, no mês passado, os depósitos líquidos somaram R$ 2,426 bilhões. O resultado foi favorecido pelos depósitos ocorridos nos últimos dias do mês, na esteira do pagamento da primeira parcela do 13º salário. Apenas em 29 de novembro, houve depósito líquido de R$ 5,818 bilhões.

O ano de 2019 tem sido marcado por certa alternância nos resultados da poupança. São seis meses de saques líquidos e cinco meses de depósitos. Em outubro, o saldo havia ficado negativo em R$ 247,3 milhões.

No acumulado do ano até novembro, a caderneta registra saídas líquidas de R$ 3,884 bilhões. Este resultado está em grande parte ligado ao ambiente de economia ainda fraca e alto desemprego.

Com menos dinheiro para fechar as contas, muitas famílias voltaram a recorrer, em alguns momentos, aos recursos depositados na caderneta para fazer frente às despesas mensais.

Em novembro, porém, os depósitos brutos somaram R$ 208,219 bilhões, superando os saques brutos, de R$ 205,793 bilhões. Assim, considerando a entrada líquida de R$ 2,426 bilhões e o rendimento de R$ 2,722 bilhões visto no mês, o estoque total na caderneta de poupança atingiu R$ 825,720 bilhões no fim de novembro.

Atualmente, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está em zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 5,00% ao ano, no menor patamar da história.

Esta regra de remuneração vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).

 

Renda das famílias vem crescendo, por Rafael Bevilacqua (Levante)

O crescimento de 0,6 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã da terça-feira (3), mostrou vários aspectos positivos. Além de terem superado a mediana das expectativas, que era de 0,4 por cento, os dados do PIB mostraram que o consumo das famílias está crescendo, o que deve ter um efeito benéfico para o crescimento da economia nos próximos trimestres.

Ao comentar os dados na terça-feira, Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirmou que o consumo das famílias responde por 65 por cento do PIB. Esse indicador cresceu 0,8 por cento no terceiro trimestre deste ano em relação ao segundo trimestre, e avançou 1,9 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2018. O vigor do setor de consumo compensou o desaquecimento do setor externo e a queda nos gastos do governo.

O IBGE também revisou o desempenho do PIB para 2018, que avançou de 1,1 por cento para 1,3 por cento. A revisão decorreu da mudança nos cálculos do setor agropecuário. O crescimento do agronegócio em 2018 foi revisado de apenas 0,1 por cento para um avanço de 1,4 por cento. A mudança, relevante, se explica pela alteração na metodologia de cálculo. Segundo Palis, o IBGE passou a considerar os dados do Censo Agropecuário, mais precisos do que os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Com isso, o Instituto captou que o crescimento no ano passado foi superior ao que mostravam as estatísticas oficiais.

Essas notícias são boas para a economia, em especial os dados do consumo. No trimestre passado, o consumo das famílias cresceu devido a uma melhora gradual no mercado de trabalho. A qualidade dos empregos criados ainda está aquém do seria desejável – há um excesso de motoristas de aplicativos e de entregadores de comida, em vez de trabalhadores com carteira assinada e benefícios – mas os números estão melhorando aos poucos. Na sexta-feira (29), o IBGE informou que a massa salarial subiu para 212,8 bilhões de reais em outubro, um crescimento de 2,6 por cento em termos reais em relação a 2018, sendo que o número de trabalhadores ocupados cresceu 1,6 por cento nesse período.

A avaliação dos especialistas é que o consumo privado deverá estimular a economia até o fim do ano. Desde julho, as projeções de mercado financeiro para o PIB de 2019 vêm sendo elevadas. Começaram o ano em 2,57 por cento, recuaram para um mínimo de 0,81 por cento em julho e, na edição mais recente do Boletim Focus, do Banco Central (BC), estão em 0,99 por cento. São elevadas as probabilidades de que, na próxima edição, a ser divulgada no dia 9 de dezembro, a projeção passe de 1 por cento.

MUNDO - Apesar de nenhuma evolução aparente nas conversas entre Estados Unidos e China, a manhã desta quarta-feira está mais animada para os investidores internacionais. A alta dos preços do petróleo, justificada pela perspectiva de que a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) fará novos cortes de produção devido à oferta de ações da petroleira Saudi Aramco, embala preços melhores da commodity. As cotações do minério de ferro também vêm avançando, com o desempenho forte do setor siderúrgico chinês. A economia chinesa vem divulgando números surpreendentes semana após semana. Após o PMI industrial, agora, foi a vez do PMI Caixim Serviços acelerar mais do que o previsto, de 53,5 em novembro, ante a estimativa de 51,2.

 

 

Fonte: Agência Estado

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar recua frente ao real após Moody's elevar nota de crédito do Brasil
Produção industrial no Brasil sobe 0,1% em agosto, diz IBGE
Vice-presidente do BCE diz ter expectativa de recuperação do crescimento na zona do euro
Chefe do BC diz a novo premiê do Japão que agirá com cautela sobre momento de aumentar juros
Israel proíbe entrada do secretário-geral da ONU no país
Ações de Hong Kong sobem com estímulo da China; setores imobiliário e financeiro lideram alta