Atividade fabril da China volta a crescer em novembro

PEQUIM (Reuters) - A atividade fabril na China inesperadamente voltou a crescer em novembro pela primeira vez em sete meses, conforme a demanda interna aumentou com medidas de estímulo do governo para um crescimento constante.

Mas os ganhos foram leves e a demanda de exportação permaneceu lenta. Mais tarifas dos EUA estão se aproximando em algumas semanas, e Pequim e Washington ainda estão discutindo sobre a primeira fase do acordo comercial.

Com o crescimento econômico da China esfriando para perto de mínimas de 30 anos e os lucros industriais diminuindo, cresce a especulação de que Pequim precisa lançar estímulo mais rapidamente e mais agressivamente.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) retornou a 50,2 pontos em novembro, o mais alto desde março, informou neste sábado o Gabinete Nacional de Estatísticas (NBS).

A marca de 50 pontos separa o crescimento da contração mensalmente.

O resultado foi comparado com 49,3 em outubro. Uma pesquisa da Reuters mostrou que os analistas esperavam que o PMI de novembro chegasse a 49,5.

O medidor oficial da atividade fabril apontou para uma melhoria no vasto setor manufatureiro da China no último mês.

O total de novos pedidos retornou ao território expansionista, com o sub-índice subindo para 51,3, o nível mais alto visto desde abril.

A produção fabril também subiu para 52,6 em novembro, marcando o ritmo mais forte desde março.

"No curto prazo, já podemos ter passado do ponto baixo, quando a economia chegou ao fundo", disse Zhang Deli, analista de macro da Lianxun Securities, em uma nota.

Um agricultor ara terra com um trator no vilarejo de Zhouying, vila de Zhaozhuang, distrito de Baofeng, Província de Henan, no centro da China, em 17 de outubro de 2019. (Xinhua/Li Jianan)

China manterá estável contratação de terras rurais a longo prazo, diz ministro

Beijing, 29 nov (Xinhua) -- A China deixou claro seu princípio de manter estável a contratação de terras a longo prazo em uma diretriz recente, disse na quinta-feira o ministro de agricultura do país.

A diretriz é uma importante declaração das políticas fundiárias rurais, assinalou Han Changfu, ministro da Agricultura e dos Assuntos Rurais, em entrevista coletiva.

O Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e o Conselho de Estado emitiram na terça-feira uma diretriz para manter a contratação de terras rurais "estável e inalterada a longo prazo".

Desde que o país adotou o sistema de responsabilidade por contrato familiar no início dos anos 80, os direitos de propriedade das terras agrícolas rurais foram divididos em duas camadas: o direito de propriedade que é coletivamente pertencente a uma comunidade rural, normalmente uma aldeia, e o direito de uso, que é mantido por uma família individual que contrata um pedaço de terra da aldeia.

Embora a lei existente apenas declare que um contrato de uso de terras agrícolas é válido por 30 anos, a diretriz disse que os contratos serão estendidos por 30 anos após o vencimento.

A medida é propícia para aumentar a confiança dos agricultores na produção, promover a circulação da terra rural e garantir a estabilidade a longo prazo nas áreas rurais, disse Han.

Com a extensão, as práticas de contratação de terras rurais permaneceriam estáveis por 75 anos desde a primeira rodada de contratação, segundo Han.

A diretriz afirmou que a terra rural continuará sendo propriedade coletiva da comunidade rural, e o sistema de contratação e operação das terras domésticas permanecerá inalterado, disse Han.

O direito dos agricultores de contratar terras de propriedade coletiva de acordo com a lei permanecerá inalterado, e as terras contratadas pelas famílias rurais serão mantidas estáveis, de acordo com a diretriz.

Agricultor enfarda palha em um campo em Caofeidian, Província de Hebei, no norte da China, em 18 de novembro de 2019. No inverno, os agricultores locais coletam palha para produzir forragem. (Xinhua/Yang Shiyao)