Bolsonaro comemora desempenho da economia; 841,5 mil novos empregos, inflação é a menor em 21 anos

Publicado em 24/11/2019 15:23

O presidente Jair Bolsonaro postou mensagem em seu perfil no Twitter comemorando a performance da economia, em especial o crescimento da oferta de emprego.

“Pelo sétimo mês seguido, o resultado na criação de empregos foi positivo, com 70.582 vagas criadas em outubro. No ano, foram gerados 841,5 mil empregos formais, melhor saldo dos últimos 5 anos”.

Na mensagem, Bolsonaro compartilha vídeo produzido pela Secretaria Especial de Comunicação Social. O material de divulgação, além da oferta de novos postos formais de trabalho, enumera o crescimento do PIB no segundo trimestre, de 0,4%, “a menor taxa de juros da história”, de 5%, controle da inflação - prévia de 0,14% , “menor resultado desde 1998”.

 

- Pelo sétimo mês seguido, o resultado na criação de empregos foi positivo, com 70.582 vagas criadas em outubro. No ano, foram gerados 841,5 mil empregos formais, melhor saldo dos últimos 5 anos. 

Saiba mais

  • Micro e pequenas empresas geraram mais de 73 mil empregos em outubro

  • Caged registra criação de 70,8 mil postos de trabalho em outubro

  • Prévia da inflação em novembro é a menor taxa para o mês em 21 anos

    Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 foi de 0,14%
  • O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, registrou 0,14% em novembro deste ano. O índice é superior ao observado em outubro (0,09%), mas inferior ao de novembro de 2018 (0,19%).

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a menor taxa para meses de novembro desde 1998, quando houve deflação (queda de preços) de 0,11%.

    O IPCA-15 acumula taxas de 2,83% no ano e de 2,67% em 12 meses. A taxa acumulada em 12 meses é menor que a registrada em outubro (2,72%).

    Três dos nove grupos de despesas tiveram deflação e contribuíram para que esse fosse o mês de novembro com menor alta de preços dos últimos 21 anos, com destaque para habitação (-0,22%), influenciada pela redução média do custo da energia elétrica (-1,51%). Também tiveram deflação os artigos de residência (-0,06%) e comunicação (-0,02%).

    Seis grupos tiveram alta de preços, com destaque para vestuário (0,68%), transportes (0,30%) e despesas pessoais (0,40%). No vestuário, destacam-se os itens de roupa masculina (1,15%), roupa infantil (0,65%) e roupa feminina (0,49%).

    Nos transportes, os principais aumentos vieram da gasolina (0,80%), etanol (2,53%), óleo diesel (0,58%), gás veicular (0,10%) e passagens aéreas (4,44%).

    Os alimentos e bebidas também tiveram alta de preços (0,06%), puxadas pela alimentação fora de casa (0,12%) e pelas carnes (3,08%). Outros grupos com inflação foram: saúde e cuidados pessoais (0,20%) e educação (0,04%).

  • Presidente da AEB diz que 2021 será o ano do comércio exterior do país

  • O presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, disse hoje (21), que 2021 será o ano do comércio exterior do Brasil, uma vez que há uma série de ações e iniciativas, que começaram em 2018 e 2019, que vão maturar daqui a dois anos, o que vai provocar a redução de custos tornando o produto brasileiro mais competitivo.

    Castro disse que atualmente a competitividade se resume aos negócios específicos com a Argentina ou com outros países da América do Sul. “Precisamos pensar em mercados como Europa, Estados Unidos e China. Em 2021, a redução de custos vai viabilizar a exportação de produtos manufaturados do Brasil. Para as commodities, significa maior rentabilidade. Para os manufaturados, significa mais competitividade”, disse após a abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2019, no Rio de Janeiro.

    De acordo com o empresário, as reformas trabalhista, previdenciária e tributária, as privatizações e concessões de infraestrutura, o acordo de facilitação de comércio e o portal único de comércio exterior são fatores que quando estiverem maduros vão provocar forte redução de custos. “Isso vai fazer com que o número de exportadores aumente e o valor das exportações também. O Brasil volta a ser um participante do mercado internacional efetivo e não apenas simbólico, como é hoje. A nossa participação é de 1,2% do mercado mundial, e nós já fomos 2,5%, 3%. Então é uma volta ao passado”, disse.

    Comércio exterior

    Para Castro, este ano o comércio exterior deve fechar com níveis abaixo da sua capacidade, com queda nas exportações e nas importações. “Ruim. Cai exportação muito. Cai importação. Cai superávit. Tudo ruim. Se alguém falar em analisar superávit isoladamente não significa nada”.

    “A importação cai menos, vai cair em torno de 1% por causa do leve crescimento do mercado interno, mas no ano que vem, a gente acha que o superávit vai cair mais ainda porque se houver um crescimento do mercado interno de 2% vai ter aumento de importações. Isso vai fazer ter menor superávit comercial. Para as exportações, a tendência é ficar como este ano”, disse.

    Castro destacou que entre os manufaturados, o setor automobilístico foi duramente atingido por causa da crise econômica da Argentina. “Ele não tem mercado alternativo. O mercado do setor aqui no Brasil é Argentina, Argentina e Argentina. Quando não tem alternativa há uma queda muito forte como está ocorrendo este ano. Ano que vem deve estabilizar, mas ainda não significa crescimento. Entre 2017 e agora as exportações para a Argentina caíram 50%. É muita coisa. Nós perdemos pelo menos 350 mil empregos com a Argentina este ano, por conta da crise”, disse.

Fonte: Agência Brasil

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