Risco-Brasil se mantém nas mínimas em mais de 6 anos com otimismo local e exterior

Publicado em 29/10/2019 16:43

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Uma medida do risco-Brasil se mantinha nesta terça-feira no menor patamar em mais de seis anos, já atingido na véspera, quando engatou oito quedas consecutivas, em meio ao clima positivo nos mercados internacionais e ao ambiente de otimismo na cena doméstica após a aprovação da reforma previdenciária.

O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos --derivativo que mede o custo de proteção contra um calote da dívida soberana brasileira-- se estabilizava em 117,15 pontos-base nesta terça-feira, depois de fechar nesse patamar na segunda --o menor nível para um encerramento desde 10 de maio de 2013 (111,179 pontos-base).

Em oito quedas consecutivas entre 17 e 28 de outubro, o CDS perdeu 14,16 pontos-base, queda de 10,78%. No mesmo período, o dólar à vista <BRBY> se desvalorizou 3,91%, e o Ibovespa <.BVSP> subiu 2,62%, para máximas recordes.

A melhora dessas medidas no mercado ganhou força depois de o Senado concluir, no último dia 23, a votação da reforma da Previdência, tirando definitivamente um importante fator de risco para o mercado.

Somado aos temas locais, sinais de progresso nas negociações tarifárias entre Estados Unidos e China, menor chance de um Brexit desordenado e expectativas de mais cortes de juros nos Estados Unidos também ajudaram a diminuir a percepção de risco, o que reduziu prêmios na dívida brasileira e colaborou para a queda do CDS.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Irã lança dezenas de mísseis balísticos contra Israel
Gastos com construção nos EUA caem em agosto
Campos Neto diz que Brasil precisará de choque fiscal positivo para conviver com juros mais baixos
Dólar sobe em meio à pressão de cortes graduais do Fed e conflito no Oriente Médio
Wall St abre em baixa com investidores na espera de dados de emprego dos EUA
Expansão da indústria do Brasil ganha força em setembro com melhora da demanda, mostra PMI