Ações sobre 2ª instância não se referem a nenhuma situação particular, diz Toffoli

Publicado em 17/10/2019 15:40

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou que as três ações que começam a ser julgadas nesta quinta-feira referentes a uma eventual revisão do entendimento sobre a execução da pena de uma pessoa após condenação em segunda instância não se referem a nenhuma situação em particular.

"As ações ora submetidas em conjunto definirão o entendimento que daqui emanará independentemente no sentido da sua conclusão, servirá de norte a todos os magistrados do país e todo o sistema de Justiça, Ministério Público, Defensoria privada e pública", disse Toffoli em sessão no STF.

"Que fique bem claro que esse julgamento, as presentes ações e julgamento, não se referem a nenhuma situação particular", completou.

O comentário de Toffoli ocorre em meio à possibilidade de, no caso de se alterar o entendimento atual do STF que permite a execução da pena após a segunda instância, a decisão beneficiar envolvidos na operação Lava Jato, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente do Supremo destacou que se está diante de ações de controle de constitucionalidade e que o Judiciário não age "de moto próprio, de ofício". Destacou que o julgamento visa a dar o alcance efetivo a interpretação de um dos direitos e garantias individuais da Constituição.

Toffoli disse que o entendimento vai se estender a "todos os brasileiros sem distinção", seja em um sentido e outro. Segundo ele, o julgamento versa sobre o princípio da inocência.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Expansão da indústria do Brasil ganha força em setembro com melhora da demanda, mostra PMI
Dólar recua na contramão do exterior em meio à cenário positivo para o real
Avanço acelerado da energia solar até 2028 exigirá leilões anuais de potência, aponta ONS
Banco do Japão sinaliza pausa no aumento dos juros após corte do Fed
Nikkei sobe quase 2% com confirmação de Ishiba como premiê do Japão
Inflação da zona do euro fica abaixo de 2% e fortalece argumento por corte de juros