Maia não vai pautar prisão em 2ª instância antes de decisão do STF

Publicado em 17/10/2019 10:09

O Plenário da Câmara não deve apreciar a Proposta de Emenda à Constituição 410/18, que deixa clara a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância enquanto o Supremo Tribunal Federal não decidir sobre o tema. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não vai pautar a proposta antes dessa decisão.

“Vamos esperar o julgamento do STF. Eu não posso colocar matérias que caminhem para o enfrentamento com o Supremo”, declarou. Pela mesma razão, explicou Maia, não deu prosseguimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Jato. “Se não tomar cuidado, pode ser uma interferência do Poder Legislativo no Poder Judiciário.”

Maia lembrou que, desde o início do ano, tem defendido a discussão da segunda instância por Proposta de Emenda à Constituição, e não por projeto de lei. “Ou o governo era a favor da constitucionalidade no projeto de lei, e tinha votos para aprovar isso em Plenário, ou era a favor da emenda constitucional. Na semana em que o ministro Toffoli decide pautar o julgamento da segunda instância, a CCJ volta com o tema, com o apoio do governo”, comentou.

Pacote Anticrime
Para o presidente da Câmara, a votação do Pacote Anticrime do governo federal pelo Plenário será facilitada com a retirada da proposta da prisão após condenação em segunda instância e do excludente de ilicitude. “O excludente de ilicitude, se a maioria quiser, vai ter que voltar por destaque. É um tema de fato polêmico, difícil.”

O presidente reafirmou que deve cumprir a promessa de votar o pacote ainda neste ano.

Fonte: Agência Câmara

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Expansão da indústria do Brasil ganha força em setembro com melhora da demanda, mostra PMI
Dólar recua na contramão do exterior em meio à cenário positivo para o real
Avanço acelerado da energia solar até 2028 exigirá leilões anuais de potência, aponta ONS
Banco do Japão sinaliza pausa no aumento dos juros após corte do Fed
Nikkei sobe quase 2% com confirmação de Ishiba como premiê do Japão
Inflação da zona do euro fica abaixo de 2% e fortalece argumento por corte de juros