China pede resolução "calma e racional" para guerra comercial com EUA

Publicado em 29/09/2019 15:11

PEQUIM (Reuters) - A China espera que Pequim e Washington resolvam sua disputa comercial "com uma atitude calma e racional", disse o vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, neste domingo, antes das negociações entre os dois lados que começam em duas semanas.

Os Estados Unidos e a China têm estado presos em uma crescente guerra comercial há mais de um ano. Ambos têm cobrado impostos punitivos sobre centenas de bilhões de dólares dos bens uns dos outros, o que tem abalado os mercados financeiros e ameaçado o crescimento global.

Uma nova rodada de negociações de alto nível entre as duas maiores economias do mundo em Washington está prevista para os dias 10 a 11 de outubro, liderada, do lado chinês, pelo principal assessor econômico do presidente Xi Jinping, o vice-primeiro-ministro, Liu He.

Wang, que fez parte da equipe de negociação da China com os Estados Unidos, disse em entrevista coletiva que Liu iria a Washington para as negociações na semana seguinte ao feriado do Dia Nacional da China, que termina em 7 de outubro.

Ele disse esperar que os dois lados encontrem maneiras de resolver suas diferenças. "Acreditamos que isso beneficiará o povo dos dois países e o mundo", acrescentou.

    O governo Trump está considerando novas táticas radicais de pressão financeira sobre Pequim, incluindo a possibilidade de deslistar empresas chinesas das bolsas de valores dos EUA.

Dados vão mostrar prejuízo das tarifas e do dólar forte a exportadores dos EUA

NOVA YORK (Reuters) - Não é mais uma probabilidade, é uma realidade: a crescente guerra comercial entre Estados Unidos e China e o fortalecimento do dólar parecem estar causando danos mensuráveis em fabricantes de produtos dos EUA que dependem de mercados globais.

Os participantes do mercado terão um quadro da extensão na qual as tensões comerciais e a moeda forte têm prejudicado o setor manufatureiro norte-americano quando o ISM divulgar na terça-feira seu índice de gerentes de compras (PMI) de setembro.

O relatório de agosto mostrou o setor manufatureiro, querepresenta cerca de 12% da economia dos EUA, contraindo pela primeira vez em três anos e meio. Ainda mais preocupante, o índice que mede o componente de exportação atingiu uma mínima em mais de dez anos.

O índice do dólar, que mede o valor da moeda dos EUA contra uma cesta das principais moedas mundiais, alcançou uma máxima em 29 meses em 3 de setembro, no mesmo dia em que o ISM divulgou seus fracos números do PMI.

A China já implementou tarifas sobre cerca de 110 bilhões de dólares em mercadorias dos EUA como reação às taxas impostas pelo presidente Donald Trump sobre importações vindas da China.

Em retaliação, Pequim anunciou em agosto novos aumentos de cobranças. A primeira rodada de elevação de tarifas entrou em vigor no início deste mês e a segundo está prevista para 15 de dezembro.

Fonte: Reuters

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