Na ONU, Bolsonaro confronta pressão da mídia sobre a Amazônia e defende soberania

Publicado em 24/09/2019 10:13

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, em discurso na Assembleia Geral da ONU, que o seu governo está comprometido com a preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável e reiterou a soberania do Brasil sobre a Amazônia.

Alvo de críticas e polêmicas devido à política ambiental, Bolsonaro afirmou que ataques sensacionalistas, por grande parte da mídia internacional, devido aos incêndios na Amazônia despertaram um sentimento patriótico no país.

"Agradeço os que não embarcaram nessa posição, especialmente o presidente (dos EUA), Donald Trump", disse Bolsonaro no discurso na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

Bolsonaro afirmou ainda que é uma "falácia" dizer que Amazônia é um patrimônio da humanidade e reclamou, sem citar nominalmente, a reação da França.

"Outro país embarcou em falácia da mídia sobre a Amazônia e nos tratou com desrespeito e espírito colonizador", disse Bolsonaro, numa referência ao presidente francês, Emmanuel Macron.

Bolsonaro reiterou ainda que o Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada de reservas indígenas, sob argumento de que índios não podem ser "latifundiários pobres em cima de terras ricas".

No Twitter agora há pouco, Jair Bolsonaro disse que, “na ONU, levei a palavra firme do Brasil, dando voz aos verdadeiros anseios e valores de nosso amado povo”.

 

Na ONU, levei a palavra firme do Brasil, dando voz aos verdadeiros anseios e valores de nosso amado povo. Estamos construindo um país mais próspero, onde a liberdade, a inviolabilidade da nossa soberania e a vontade dos brasileiros são os três alicerces que nos darão sustentação.

Veja também: Discurso do Bolsonaro na ONU mostra um novo Brasil ao mundo, em defesa da liberdade e da soberania

Bolsonaro: estamos abrindo a economia e nos integrando a cadeias globais de valor

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, ao discursar na Assembleia Geral da ONU, que o Brasil vem trabalhando para reconquistar a confiança do mundo e abrindo a economia do país.

Durante o discurso, Bolsonaro afirmou que livre mercado, concessões e privatizações já se fazem presentes hoje no país.

Ao lançar críticas à situação política na Venezuela, Bolsonaro disse que o Brasil está adotando políticas que o aproximem de países que "se desenvolveram e consolidaram sua democracia".

"Estamos abrindo a economia e nos integrando às cadeias globais de valor", disse Bolsonaro, lembrando que o Brasil fechou dois grandes acordos comerciais e trabalha para integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Bolsonaro diz na ONU que ataques sensacionalistas por fogo na Amazônia despertaram sentimento patriótico (Reuters)

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, em discurso na Assembleia Geral da ONU, que o seu governo está comprometido com a preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável e reiterou a soberania do Brasil sobre a Amazônia.

Alvo de críticas e polêmicas devido à política ambiental, Bolsonaro afirmou que ataques sensacionalistas, por grande parte da mídia internacional, devido aos incêndios na Amazônia despertaram um sentimento patriótico no país.

"Agradeço os que não embarcaram nessa posição, especialmente o presidente (dos EUA), Donald Trump", disse Bolsonaro no discurso na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

Bolsonaro afirmou ainda que é uma "falácia" dizer que Amazônia é um patrimônio da humanidade e reclamou, sem citar nominalmente, a reação da França.

"Outro país embarcou em falácia da mídia sobre a Amazônia e nos tratou com desrespeito e espírito colonizador", disse Bolsonaro, numa referência ao presidente francês, Emmanuel Macron.

Bolsonaro reiterou ainda que o Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada de reservas indígenas, sob argumento de que índios não podem ser "latifundiários pobres em cima de terras ricas".

Goste-se ou não, Bolsonaro fez um discurso de estadista (em O Antagonista)

O discurso de Jair Bolsonaro foi forte: disse que o Brasil se encontrava ameaçado pelo socialismo, atacou a corrupção que assolava o país nos governos petistas, com elogio explícito a Sergio Moro, partiu para cima do regime venezuelano, do Foro de São Paulo, da ação cubana na América do Sul e do ambientalismo manipulado por uma visão colonialista.

O presidente afirmou que a Amazônia não está em chamas, ao contrário do que diz a mídia internacional, e criticou a tentativa de tolher a soberania brasileira na região.

Atacou o cacique Raoni, dizendo que ele não é o único representante dos povos indígenas, e leu uma carta assinada por representantes de mais de 50 tribos que pediam desenvolvimento nas reservas e legitimavam a índia Ysani Kalapalo, que integra a comitiva brasileira.

Bolsonaro também reforçou o compromisso do Brasil com o livre-comércio e o respeito a acordos internacionais, que disse pretender multiplicar. Ele defendeu a democracia de expressão e informação.

Na última parte, “terrivelmente evangélico”, criticou a perseguição de caráter religioso e atacou transversalmente a chamada ideologia de gênero.

Goste-se ou não, Bolsonaro finalmente fez um discurso de estadista.

Ao falar sobre a Amazônia, Jair Bolsonaro pediu respeito à soberania brasileira e deu um recado para a França de Emmanuel Macron e a Alemanha de Angela Merkel.

“A ONU teve papel fundamental na superação do colonialismo e não pode aceitar que essa mentalidade regresse a essas salas e corredores”, disse. “A França e a Alemanha, por exemplo, usam mais de 50% de seu território para a agricultura. Já o Brasil usa apenas 8%.”

Além de citar o nome de Sergio Moro, Jair Bolsonaro disse na Assembleia Geral da ONU que o Brasil tem compromisso com o combate ao crime e à corrupção.

“Seguiremos contribuindo, dentro e fora das Nações Unidas, para a construção de um mundo onde não haja abrigo para criminosos ou corruptos”, afirmou.

Bolsonaro disse ainda:

“O Brasil reafirma o compromisso intransigente com os mais altos padrões de direitos humanos, com a democracia e a liberdade de imprensa.”

Moro elogia discurso de Bolsonaro

Citado por Jair Bolsonaro como um “símbolo” do país, Sergio Moro elogiou o discurso do presidente na abertura da Assembleia Geral da ONU.

“Discurso assertivo na ONU. Pontos essenciais: soberania, liberdade, democracia, abertura econômica, preservação da Amazônia, oportunidades e desenvolvimento para a população brasileira”, tuitou o ministro da Justiça.

Veja abaixo como foi o discurso do presidente Jair Bolsonaro:

Leia a íntegra do discurso de Jair Bolsonaro na ONU: 

Trump pede que nações rejeitem globalismo e adotem nacionalismo

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta terça-feira que nações ao redor do mundo adotem o nacionalismo e rejeitem o globalismo, dizendo que líderes sábios colocam o próprio povo e país em primeiro lugar.

"O mundo livre precisa abraçar seus alicerces nacionais. Ele não deve tentar apagá-los ou substituí-los", disse Trump durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. "O futuro pertence aos patriotas."

O presidente dos Estados Unidos disse que o mundo enfrenta a “divisão essencial” que vem marcando a história “entre os que pensam que controlam e estão iludidos ao pensar que estão destinados a governar” e outros que defendem que podem dirigir seus os próprios destinos.

rump disse que os Estados Unidos gastaram US$ 3,5 trilhões para reerguer o exército sendo ainda “a nação mais poderosa do mundo”. Ele disse que sua expectativa é que “não seja usado esse poder”.

Domínio

O líder americano destacou que os cidadãos dos Estados Unidos sabem que em um mundo em que uns querem conquistar e dominar seu país deve ser “forte em riqueza, em poder e em espírito”.

No seu discurso, Trump disse que “o globalismo exerceu uma influência religiosa sobre os líderes anteriores, fazendo com que eles ignorassem seus próprios interesses nacionais. Esses dias acabaram.”

Em suas declarações, ele reiterou que o “futuro não pertence aos globalistas. O futuro pertence aos patriotas”. Trump defendeu que “por essa razão, nos Estados Unidos se está embarcando em “um emocionante programa de renovação nacional”.

O presidente americano disse que a segurança do seu país foi comprometida pela ameaça representada pelo Irã e alertou que este país interrompa o que chamou “sua agressão aos aliados de Washington no Oriente Médio”.

U.S. President Donald Trump addresses the 74th session of the United Nations General Assembly at U.N. headquarters in New York City, New York, U.S., September 24, 2019. REUTERS/Carlo Allegri - REUTERS/Carlo Allegri

Comportamento

Sobre a situação com Teerã, o líder norte-americano declarou que “enquanto o comportamento ameaçador continuar, as sanções não serão levantadas.”  

Trump destacou que os EUA “não buscam conflitos com nenhuma outra nação.” Ele afirmou que seu país deseja “paz, cooperação e ganho mútuo com todos”. Mas sublinhou que não deixará de “defender os interesses da América.”

O representante destacou que “os Estados Unidos nunca acreditaram em inimigos permanentes. Queremos parceiros, não adversários.”

China

Trump disse que a disputa comercial com a China continuaria e pediu ainda ao país que “respeite os manifestantes de Hong Kong”.

O apelo feito à Coreia do Norte é que siga o caminho da desnuclearização. Ele destacou a expectativa de alcançar um acordo comercial que considerou “magnífico” com o Reino Unido após o Brexit.

O discurso abordou ainda a situação venezuelana, onde apelou ao líder venezuelano Nicolas Maduro que se “quer paz, ame sua nação. Para Trump, “líderes sábios sempre colocam o bem de seu próprio povo e seu próprio país em primeiro lugar.”

Trump diz esperar que EUA e China possam chegar a um acordo comercial

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente as práticas comerciais da China nesta terça-feira em um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no qual também disse esperar que as duas potências econômicas possam chegar a um acordo para encerrar sua disputa comercial.

Trump criticou uma ladainha do que chamou de "políticas comerciais desleais" da China. "(A China) adotou um modelo econômico dependente de enormes barreiras de mercado, pesados subsídios estatais, manipulação cambial... transferências forçadas de tecnologia e roubo de propriedade intelectual, além de segredos comerciais em grande escala", afirmou.

"No que diz respeito à América (EUA), esses dias acabaram."

(Por Jeff Mason e Steve Holland)

 

 

Fonte: TV Brasil/Poder360

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