Poder360: Em discurso na ONU Bolsonaro terá oportunidade de mostrar suas propostas ao mundo

Publicado em 24/09/2019 08:17

O presidente Jair Bolsonaro fará nesta 3ª feira (24.set.2019) o discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Ele será o 8º chefe de Estado brasileiro a abrir a sessão. Ainda nesta terça-feira (24), Bolsonaro tem encontro confirmado com o secretário-geral da ONU, António Guterres, poucos minutos antes de seu pronunciamento na Assembleia Geral. Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil fazer o discurso de abertura, seguido do presidente dos Estados Unidos.

Pelas redes sociais, o presidente disse que no discurso será “a oportunidade de apresentar ao mundo o Brasil que estamos construindo”. Não estão previstos encontros bilaterais com outros chefes de Estado. A agenda inclui, segundo o Palácio do Planalto, um encontro com o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani.

Poder360 preparou um infográfico que detalha os discursos de presidentes brasileiros desde o último mandatário do regime militar:

POR QUE O BRASIL ABRE?

A Assembleia Geral da ONU foi criada em 1946. Já no ano seguinte, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a sessão. No cargo, foi o 2º a falar no encontro de 1947. Depois disso, o Brasil se voluntariou a abrir o encontro em 1949, 1950 e 1951.

Como não havia método de escolha para o país que faria a abertura, em 1955 foi decidido que a atribuição seria sempre do Brasil. De lá para cá, só em 1983 e 1984 a tradição não foi seguida. Nas ocasiões, o país fez 1 acordo com os Estados Unidos, permitindo que o presidente norte-americano à época, Ronald Reagan, discursasse 1º em ambas sessões.

No ano seguinte, Sarney abriu o encontro, fato que se repetiria em 1989. Seu sucessor, Fernando Collor, também discursou duas vezes (1990 e 1991). Itamar, que o substituiu depois do impeachment, declinou da fala nos 2 anos em que teria direito.

Fernando Henrique Cardoso voltou a colocar um chefe de Estado do país no palanque da ONU em Nova York. Contudo, o fez apenas uma vez em 8 anos de governo. Já Lula discursou em 6 das 8 aberturas em que teria direito. Dilma e Temer, foram além: compareceram à abertura em todos os anos –de 2011 a 2018. Agora é vez de Bolsonaro.

Como segue a tradição, o brasileiro falará depois do secretário-geral da ONU, o português António Guterres, e do presidente da assembleia.

Em seu discurso, Bolsonaro deverá abordar as queimadas na Amazônia e as mudanças climáticas. Tentará defender seu governo na pauta do meio ambiente e impor uma soberania nacional sobre o bioma. A previsão é que o discurso do militar dure cerca de 20 minutos. Ele deve defender o desenvolvimento sustentável da região como um método de preservação.

A previsão é que o presidente embarque de volta ao Brasil amanhã à noite, por volta das 21h45, e que chegue a Brasília às 7h30 de quarta-feira (25).

 
Fonte: Poder360

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