Governo Trump considera fazer "acordo parcial" com a China; soja sobe forte
O governo de Donald Trump está estudando a possibilidade de um acordo 'interino' com a China onde não só haveria o adiamento de algumas tarifas, mas também a retirade de parte delas. Isso aconteceria em troca de um comprometimento dos chineses em relação à propriedade intelectual e compras de produtos agrícolas.
"Esperamos que com isso a China compre grandes volumes de nossos produtos agrícolas", disse Trump pelo Twitter nesta quinta-feira, como mostra a imagem abaixo.
As informaõções foram divulgadas por fontes familiarizadas ao assunto à agência internacional de notícias Bloomberg. As delegações americana e chinesa voltam a se encontrar em outubro e ambas já têm trabalhado para que o ambiente de negociações fique mais confortável e saudável para que possam ser mais eficientes.
As especulações acabam dando um importanta fôlego ao mercado e os futuros da soja sobem mais de 2% na Bolsa de Chicago no fim da manhã desta quinta-feira (12) na Bolsa de Chicago, dia em que o mercado recebe o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Assim, o vencimento março/20 já era cotado a US$ 9,14 por bushel na CBOT.
E um novo embate TRUMP X USDA começa.
Entre os futuros do algodão, as altas também passavam de 2% na Bolsa de Nova York, no mesmo momento, mas mais cedo chegaram a superar os 3%. Os vencimentos março e maio já superavam os 60 cents de dólar por libra-peso.
Trump adia em duas semanas aumento de tarifas sobre produtos da China
O presidente americano Donald Trump adiou em duas semanas a imposição do aumento de 5% nas tarifas sobre produtos e bens da China. O movimento vem na sequência de uma ação da nação asiática de isentar 16 produtos norte-americanos de tarifas retaliatórias, sinalizando, segundo especialistas, sua vontade em consolidar um acordo com os Estados Unidos.
Os ânimos entre os dois países parecem estar esfriando, com um ambiente melhor sendo criado para o encontro presencial das duas delegações, em Washginton, em outubro.
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“A pedido do vice-primeiro-ministro da China, Liu He, e devido ao fato de a República Popular da China celebrar seu 70º aniversário em 1º de outubro, concordamos, como gesto de boa vontade, em mudar o aumento tarifas em US$ 250 bilhões em mercadorias (25% a 30%), de 1 para 15 de outubro”, disse Trump, utilizando sua conta no Twitter.
Do mesmo modo, o Ministério do Comércio da China reconheceu com bons olhos o movimento do presidente americano e disse ainda que indústrias chinesas já estariam fazendo levantamentos de preços de produtos agrícolas norte-americanos para voltar a comprar no mercado dos EUA, com foi sinalizado há alguns dias.
"Esperamos que China e EUA possam continuar a se encontrar e dar passos práticos para criar um bom ambiente de negociações para ambos", diz Gao Feng, porta-voz do ministério.