Novo ministro de Energia saudita diz que aliança Opep+ é para o longo prazo

Publicado em 09/09/2019 09:27

ABU DHABI (Reuters) - O novo ministro de Energia da Arábia Saudita disse nesta segunda-feira que o maior exportador global de petróleo deve seguir trabalhando junto a outros produtores pelo equilíbrio do mercado e que um acordo liderado pela Opep para cortes de oferta irá sobreviver "com a vontade de todos".

O príncipe Abdulaziz bin Salman, que assumiu o ministério no lugar de Khalid al-Falih no domingo, disse a jornalistas que não haverá mudança "radical" na política para o petróleo dos sauditas, líderes de fato da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que segundo ele é baseada em considerações estratégicas envolvendo fatores como reservas e consumo de energia.

O príncipe ajudou na negociação de um acordo entre a Opep e aliados, um grupo conhecido como Opep+, para a realização de cortes de produção que visaram sustentar os preços e equilibrar o mercado.

Ele afirmou a jornalistas nos bastidores de uma conferência do setor de energia em Abu Dhabi que a aliança Opep+ "permanecerá para o longo prazo" e pediu que membros da Opep cumpram suas metas de produção.

"Nós sempre trabalhamos de uma maneira coesa e coerente dentro da Opep para ter certeza de que os produtores trabalhem e prosperem juntos", afirmou o príncipe.

Questionado sobre a necessidade de eventuais cortes adicionais de produção para apoiar o mercado, ele disse que seria errado "se antecipar ao restante dos membros da Opep" ao comentar o tema.

O ministro saudita também recusou-se a comentar os preços do petróleo, que subiam nesta segunda-feira, após notícias sobre sua posse no cargo.

O príncipe Abdulaziz disse que não acredita que a demanda global por energia tenha diminuído e que as perspectivas econômicas globais devem melhorar uma vez que uma disputa comercial entre EUA e China se resolva.

O comitê conjunto ministerial de monitoramento da Opep+, conhecido como JMMC, se reunirá na quinta-feira em Abu Dhabi, nos bastidores da conferência do setor de energia.

(Por Dahlia Nehme, Maha El Dahan, Stanely Carvalho, Rania El Gamal, Dmitry Zhdannikov e Alexander Cornwell)

Fonte: Reuters

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