Ibovespa oscila sem viés claro com exterior misto; Petrobras sobe

Publicado em 28/08/2019 13:31

O Ibovespa não mostrava uma tendência clara na manhã desta quarta-feira, em meio a um cenário misto no ambiente financeiro internacional, onde permanecem preocupações com o risco de recessão da economia global, com o avanço de Petrobras e empresas de proteínas ajudando a atenuar a pressão negativa.

Às 10:55, o Ibovespa subia 0,22 %, a 97.488,29 pontos. O volume financeiro somava 1,9 bilhão de reais.

"O clima de incerteza no mercado financeiro global não se dissipou", avalia a equipe da corretora Mirae Asset, citando que a sensação de que uma recessão esteja se aproximando pressiona, enquanto a questão da guerra comercial não mostra novidade.

Em Wall Street, os principais índices acionários oscilavam próximo da estabilidade e o petróleo também se valorizava, mas o dólar se fortalecia frente a outras moedas e o minério de ferro teve nova sessão negativa.

No caso do Brasil, os analistas Fernando Bresciani e Pedro Galdi, da Mirae, ressaltam que o Ibovespa segue sem força e com grande volatilidade, conforme nota a clientes.

"A piora do humor externo afeta todos os mercados e os países emergentes não escapam desta contaminação, principalmente o mercado acionário no Brasil, que vive os reflexos do atraso das reformas e a piora de expectativas de curto prazo."

DESTAQUES

- KROTON recuava 3,8%, outro destaque negativo, caminhando para a quinta sessão consecutiva de queda, ampliando a perda no mês para mais de 20%. YDUQS (ex-Estácio) cedia 0,6%.

- PETROBRAS PN avançava 0,9%, encontrando suporte na alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

- ELETROBRAS PNB caía 1,7%, entre as maiores quedas. O ministro de Minas e Energia disse que o governo ainda conversa com o Legislativo sobre o melhor momento para o envio ao Congresso do modelo de capitalização companhia.

- JBS subia 1,7%, tendo no radar que a controlada Pilgrim's Pride Corporation assinou contrato para adquirir a Tulip Company, em uma transação avaliando a empresa britânica em aproximadamente 354 milhões de dólares.

- BRF e MARFRIG subiam 1,4% e 0,8%, respectivamente, conforme permanecem expectativas favoráveis sobre a demanda de proteínas em razão do surto de febre suína africana na China.

- VALE perdia 0,07%, tendo de pano de fundo a queda dos preços do minério de ferro na China, onde futuros da commodity atingiram o menor nível em dois meses e meio. BRADESPAR PN, por sua vez, subia 0,9%.

- BRADESCO PN caía 0,4%, também pesando no Ibovespa, mas ITAÚ UNIBANCO PN subua 0,51%.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa tem leve recuo, mas sela ganho semanal apoiado em estímulos na China
Dólar à vista fecha em baixa de 0,16%, a R$5,4363 na venda
Dow Jones fecha em alta recorde, com inflação moderada também impulsionando small caps
Ibovespa fecha estável, mas tem ganho semanal com estímulos da China em foco
Taxas sobem em DIs a partir de 2026 após dados fortes do mercado de trabalho
Brasil desenha proposta para atrair investimentos chineses em visita de Xi Jinping