Brasil está aberto a ajuda, mas quer usar recursos com autonomia, diz porta-voz da Presidência

Publicado em 27/08/2019 20:17

BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro está aberto a receber recursos de países e organismos internacionais no combate a queimadas e ao desmatamento da Amazônia desde que o país tenha autonomia plena na gestão desses recursos, afirmou na noite desta terça-feira o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros.

"O governo brasileiro, por meio do presidente, está aberto a receber suporte financeiro de organizações e países. Esse dinheiro, ao adentrar no país, terá governança total do povo brasileiro", disse ele, em briefing no Palácio do Planalto.

O Brasil está sendo alvo de forte pressão internacional após o aumento --registrado por dados oficiais do próprio governo-- no número de queimadas neste mês de agosto.

Mesmo perguntado diversas vezes, o porta-voz não foi explícito ao ser perguntado sobre a fala mais cedo do presidente Jair Bolsonaro de que aceitaria os recursos do G7 se o presidente francês, Emmanuel Macron, pedisse desculpas por tê-lo chamado de mentiroso. Em uma das vezes, Barros disse apenas que "comentários exteriores a esse processo não vem a somar, vem apenas dividir".

"O governo não rasga dinheiro, não. Não rasga e não rasgará. Rasgar dinheiro não é uma coisa adequada num governo que tem a austeridade como princípio maior. E essa austeridade vem sendo apresentada à sociedade, por meio das decisões do presidente da República", disse.

O porta-voz reconheceu que o governo brasileiro está preocupado de que haja uma "desidratação" da imagem do país no exterior.

Segundo ele, por conta disso, Bolsonaro determinou a órgãos do governo que avancem na explicação à sociedade nacional e internacional que certos posicionamentos em relação a ações do país "não são corretos" e destacou que se está trabalhando para combater "essa narrativa" e "debelar essa crise".

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa tem leve recuo, mas sela ganho semanal apoiado em estímulos na China
Dólar à vista fecha em baixa de 0,16%, a R$5,4363 na venda
Dow Jones fecha em alta recorde, com inflação moderada também impulsionando small caps
Ibovespa fecha estável, mas tem ganho semanal com estímulos da China em foco
Taxas sobem em DIs a partir de 2026 após dados fortes do mercado de trabalho
Brasil desenha proposta para atrair investimentos chineses em visita de Xi Jinping