Trump adia início de novas tarifas sobre a China e soja sobe quase 2% em Chicago
De volta ao centro das atenções, a guerra comercial entre China e Estados Unidos nesta terça-feira (13). O presidente americano Donald Trump fez um anúncio informando que irá adiar as tarifas anunciadas há duas semanas sobre US$ 300 bilhões em produtos da China para dezembro. Inicialmente, as taxações começariam a vigorar já em 1º de setembro.
A informação acalmou os mercados, ações e commodities voltam a subir e, novamente, os investidores especulam sobre a evolução das negociações entre as duas maiores potências econômicas mundiais.
Na Bolsa de Chicago, os preços da soja, por volta de 11h40 (horário de Brasília), subiam quase 2% - ou registravam ganhos de mais de 14 pontos - com o novembro já buscando os US$ 9,00 por bushel. Os futuros do trigo sobem mais de 1%, também se recuperando das baixas de ontem.
Em Nova York, altas superiores a 2% entre os futuros do açúcar e do algodão, e o petróleo com avanço de mais de 3% nesta terça-feira. Segundo informou a agência internacional de notícias Bloomberg, ações de empresas como a Apple e a Caterpillar chegaram a marcar altas de mais de 4%, enquanto empresas de computadores e tecnologias promoveram uma alta de mais de 2% do índice Nasdaq 100.
A notícia trouxe também mais apetite ao risco depois do dia tenso de ontem e diante da tensão generalizada de que o conflito comercial entre chineses e americanos já tem promovido uma desaceleração do crescimento econômico mundial, o que poderia evoluir, inclusive, para uma recessão.
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A seguir, mais informações.
Na Reuters: EUA adiarão tarifas sobre alguns produtos da China
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos vai adiar a aplicação de tarifas de 10% sobre alguns produtos chineses, incluindo laptops e celulares, que estavam previstas para entrar em vigor no próximo mês, disse o gabinete do Representante de Comércio dos EUA nesta terça-feira.
A ação do gabinete foi publicada minutos após o ministro do Comércio da China ter dito que o vice-Premiê Liu He conduziu uma ligação telefônica com autoridades comerciais norte-americanas.
Outros produtos cujas tarifas serão adiadas até 15 de dezembro incluem "computadores, consoles de videogames, certos brinquedos, monitores de computadores e alguns itens de vestuário e calçados", disse a representação de Comércio em comunicado.
Um grupo separado de produtos também será excluído, "com base em saúde, segurança, segurança nacional e outros fatores", completou.
Investidores em tecnologia comemoraram a notícia das isenções, gerando uma alta de 2,8% em um índice de estoques de chips, enquanto as ações da Apple subiram mais de 5%.
O presidente Donald Trump disse em 1º de agosto que imporá uma tarifa de 10% sobre 300 bilhões de dólares de produtos chineses, culpando a China por não cumprir as promessas de comprar mais produtos agrícolas americanos. Ele também criticou pessoalmente o presidente chinês, Xi Jinping, por não conseguir fazer mais para conter as vendas do opióide sintético fentanil, em meio a uma crise de overdose de opiáceos nos Estados Unidos.
O gabinete do Representante de Comércio dos EUA publicará detalhes adicionais e listas dos tipos de produtos específicos afetados pelo anúncio. O gabinete planeja conduzir um processo de exclusão de produtos sujeitos à tarifa adicional.
(Reportagem de David Shepardson e Makini Brice)