"As coisas estão indo muito bem com a China; estão nos pagando dezenas de bilhões de dólares, diz Trump

Publicado em 03/08/2019 16:08
Trump defende posição comercial contra China após anúncio de novas tarifas, sojicultores brasileiros contestam (leia abaixo opiniões extraídas do grupo Amigos da Soja)

"As coisas estão indo muito bem com a China; estão nos pagando dezenas de bilhões de dólares", diz Trump

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado que a situação está progredindo bem com a China, insistindo que os consumidores norte-americanos não estão pagando impostos de importação sobre os produtos chineses, embora alguns economistas digam o contrário. 

--"As coisas estão indo muito bem com a China. Eles estão nos pagando dezenas de bilhões de dólares, o que tem sido possível graças às suas desvalorizações monetárias e à injeção de enormes quantidades de dinheiro para manter o seu sistema. Até agora, nosso consumidor não está pagando nada, e não há inflação. Sem ajuda do Fed!", disse Trump em sua conta no Twitter.

Trump decidiu na quinta-feira aplicar tarifas de 10% para importações chinesas no valor de 300 bilhões de dólares, surpreendendo mercados financeiros e terminando a uma trégua comercial que durava um mês. A China prometeu que se defender.

As tarifas destinam-se a tornar os produtos importados mais caros para impulsionar os produtores domésticos, a menos que os exportadores internacionais reduzam os preços. Mas não há evidências de que a China esteja reduzindo os valores para se adaptar às tarifas de Trump.

Produtores brasileiros de soja não gostaram das medidas de Trump

(segue trechos de comentários extraídos do Grupo Amigos da Soja, integrado por produtores especializados):

Daniel Cerri pergunta: qual o propósito do Trump com essas taxações? isso pode causar uma recessao mundial... 

  • Eduardo Lima Porto responde:  O motivo da irritação dele foi a baixa intensidade das compras agrícolas chinesas nessa semana. (Trump) queria que os chineses cancelassem as compras no Brasil e adquirissem a soja acumulada nos EUA, pagando preços maiores e levando qualidade duvidosa.

Roque Freitas comenta --- Mas o problema não é só estados unidos; É a diminuição da demanda da compra da China; A peste suína que já está saindo da china para países vizinhos 

A diminuição do plantel de matriz que foram para o abate antes de serem infectadas pela doença para evitar um prejuízo maior foi enorme ,e vai demorar no mínimo 3-4 anos para retomada 

Mesmo que tenhamos uma demanda maior de carne suína para exportação não vamos conseguir absorver a demanda de soja que era exportada,

E o consumo da china está migrando para peixes que vem crescendo muito e aves 

Que precisam muito menos de farelo de soja nas suas taxas de conversão farelo/ kg 

Na minha opinião a curto prazo não vamos ter  uma grande  reação de preços mesmo que os chineses quisessem comprar toda a demanda da carne suína que precisam do Brasil não temos estruturas de produção para atender ,

O Milho tem ao meu ver um panorama futuro   de preços melhor que o soja.

Marcos Araujo, da Agrinvest, demostra que  próximo Relatório do USDA será muito importante,

1- área de abandono, 

Milho 8 mi ac / 3,23 mi ha 

Soja 3 mi as / 1,21 mi ha

2- produção EUA 

Milho 290-310 mmt, altista pacas 

Soja 96-110 mmt, leve alta no curto prazo. 

O milho será o líder da alta e pode puxar de carona a soja.

3- em 60 dias temos soja nova nos EUA que será misturar a soja ruim e velha.

 4- Demanda fraca e a China aprendeu a conviver com baixos estoques de soja

 5- estoques de soja nos eua podem ser perto de 31 mmt.

 6- subsídios nos EUA levará a soja abaixo dos $8:bu

 Estes são os pontos que estamos de olho

Soja deve ter um ciclo de alta considerável segundo semestre de 2020 em diante..

(divulgação autorizada pelo administrador do Grupo Amigos da Soja). 

China se opõe firmemente à ameaça tarifária dos EUA e promete medidas defensivas, diz Xinhua (estatal chinesa)

Beijing, 2 ago (Xinhua) -- A China se opõe firmemente ao plano dos Estados Unidos de imposição de tarifas adicionais de 10% sobre as importações chinesas no valor de US$ 300 bilhões, e será obrigada a tomar as necessárias medidas defensivas para proteger seus interesses, declarou nesta sexta-feira o Ministério do Comércio chinês.

A medida dos EUA violou severamente o consenso atingido pelos líderes de Estado dos dois países em Osaka, desviou-se do caminho correto e não ajudou a resolver o problema. A China está extremamente insatisfeita com o plano e se opõe firmemente ao mesmo, disse um porta-voz da pasta.

Se o plano dos EUA entrar em vigor, a China terá que tomar as devidas medidas defensivas para defender firmemente seus interesses nacionais essenciais e os interesses fundamentais de seu povo. O lado dos EUA terá que arcar com todas as consequências, de acordo com o porta-voz.

O porta-voz disse que a medida norte-americana de intensificar as disputas comerciais e impor tarifas adicionais não está de acordo com os interesses dos povos de ambos os países e do mundo, e terá uma influência recessiva sobre a economia global.

A China sempre acreditou que em uma guerra comercial, nunca há vencedores. A China não pretende entrar em uma guerra comercial, mas não tem medo se tiver que lutar em uma. A China resistirá se for necessário, advertiu o porta-voz.

A China espera que os EUA corrijam seus erros de forma oportuna, resolvam o problema com base na igualdade e respeito mútuo, e retornem ao caminho correto, acrescentou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trump diz que China tem muito a fazer para mudar as negociações comerciais

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  • Presidente dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping em junho REUTERS/Kevin Lamarque

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que a China precisa fazer muita coisa para mudar o quadro das negociações comerciais com os EUA e que pode aumentar as tarifas contra os produtos chineses.

Falando a jornalistas na Casa Branca, Trump disse que os EUA precisam de um melhor acordo comercial com a China, e não apenas de um acordo.

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Fonte:
Reuters/Xinhua/Amigos da Soja

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1 comentário

  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    A China cresceu com a aquiescência do mundo. Ninguém questionou se os trabalhadores chineses estavam na condição de escravos ou algo parecido. O que interessava era que faziam produtos baratíssimos e isso ajudou governos perdulários a controlarem sua inflação. Agora, o desemprego chegou, o eleitor percebeu, trocou de governo e de política, simples assim.., Trump não quer acordo, quer os empregos de volta.

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    • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

      Pois é VILSON, ...o mundo cresceu porque se entendeu com a China, agora os EUA rompem

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