“Mudou o presidente”, diz Bolsonaro sobre trocas em comissão (em O Antagonista)
“Mudou o presidente”, diz Bolsonaro sobre trocas em comissão
Jair Bolsonaro trocou quatro dos sete integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. O presidente falou hoje sobre as alterações, publicadas nesta quinta-feira pelo Diário Oficial da União.
“O motivo é que mudou o presidente. Agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá, ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Mudou a questão ambiental também”, afirmou.
Entre os substituídos, está Eugênia Augusta Gonzaga, que criticou, na última segunda-feira, as declarações de Bolsonaro sobre o pai do presidente da OAB. Perguntado se a decisão teria sido uma represália à Eugênia, o presidente disse que se tratava de uma coincidência.
“Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Pode ser [coincidência]. As coisas são tratadas dessa maneira.”
Segundo as informações publicadas no Diário Oficial, os quatro novos integrantes da comissão são Marco Vinicius Pereira de Carvalho, Weslei Antônio Maretti, Vital Lima Santos e Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro. Eles entram nas vagas de Eugênia Gonzaga, Rosa Maria Cardoso da Cunha, João Batista da Silva Fagundes e Paulo Roberto Severo Pimenta, respectivamente.
A Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos foi criada em 1995, no governo FHC.
Um ditador e um presidiário (ESTADÃO)
O Estadão, em editorial, tratou do ocaso do Foro de São Paulo:
“A declaração final do XXV Foro de São Paulo explica com clareza solar a razão do ocaso de um grupo que teve a pretensão de dominar a política na América Latina não faz muito tempo. O Foro de São Paulo, que deliberadamente espancou os valores democráticos sempre que estes se interpuseram entre suas estratégias e planos de poder, vê-se cada vez mais reduzido à condição de refém dos interesses de um ditador e de um presidiário. Os temas centrais da reunião em Caracas foram a defesa do regime sanguinário de Nicolás Maduro e da soltura de Lula da Silva. O primeiro, vítima do ‘imperialismo dos Estados Unidos e de seus aliados’. O segundo, de ‘falsas acusações e armadilhas jurídicas'”.