A verdadeira face do governo e o crescimento na aprovação do presidente na pesquisa (por Raquel Brugnera)

Publicado em 01/08/2019 10:44
Universidade Estácio de Sá - RJ - Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político

Aqui cabe lembrar que ainda não experimentamos o conservadorismo de fato!

O governo ficou amarrado até metade de junho, cumprindo obrigações e falando pouco para viabilizar a reforma da previdência.

Bolsonaro foi desafiado pelos presidentes da Câmara e do Senado, e até por ministros do STF.

Ficou neutralizado por 6 longos meses e seus eleitores esperavam o mesmo “mito” da campanha governando o país, mas a necessidade de submissão aos poderosos que ainda trabalham para que a velha política volte a reinar, o fez usar a tática de guerra de recuar para não perder o pelotão.

Resultado? 

O presidente teve que engolir críticas tanto da oposição, quanto de seus eleitores, mas a reforma passou.

Já chamei atenção para esta data histórica e vou reforçar os dados:

Exatamente dia 14 de junho o General Augusto Heleno estava tomando café da manhã com o presidente da República e representantes de toda a mídia brasileira, ele deu um murro na mesa fazendo duras críticas ao país que ainda escuta um presidente que está preso por corrupção.

Naquele momento eu escrevi: “a partir de hoje vamos experimentar um governo mais conservador, mais à direita de fato”.

O ato seguinte reforçou minha análise, dia 27 de junho, aconteceu a demissão do General Santos Cruz por “falta de alinhamento ideológico”; este foi o fator chave para elucidar o mistério, quem não estivesse alinhado à direita seria demitido e Bolsonaro estava livre para falar. Consequência do murro e da manobra à direita: A aprovação do presidente subiu para 57% - segundo dados publicados nesta quarta-feira, dia 31 de julho pelo site Crítica Nacional - e finalmente, o presidente sentiu-se à vontade para falar e até se divertir nas lives de quinta-feira.

Mesmo com o presidente calado temos:

- Reforma da previdência aprovada.
- Acordos financeiros importantes.
- O canhão da privatização apontado.
- Cortes de gastos e demissões.
- Pessoas estratégicas sendo colocadas em cargos estratégicos com apoio irrestrito do, até então, calado presidente.

Com o “presidente falante” temos:

- As ONGs estão desacreditadas.
- As teorias ambientais em suspeição.
- A comissão da verdade em xeque.
- A mídia desmoralizada.

Se isso é "intuição", imaginem quando Bolsonaro aprender a governar...

Aqueles que não gostam de Bolsonaro são usados a pensar e agir como ele quer, afirma Alexandre Garcia (Veja o Vídeo)

Dois episódios que demonstram essa realidade são relatados pelo jornalista Alexandre Garcia. As declarações de Bolsonaro sobre o pai do atual presidente da OAB. E a sua impressão sobre o caso envolvendo presidiários no Pará, quando 56 detentos morreram.

O que se percebe é que Bolsonaro é muito mais ‘estrategista’ do que imaginam os seus detratores.

Estão sendo induzidos pelo presidente a pensar e agir exatamente como ele quer.

Veja o vídeo:

 

Veja também: Bolsonaro ganha ou perde apoio com suas frases de efeito? Ou as frases polêmicas fazem parte de uma estratégia? 

Fonte: Jornal da Cidade Online

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