Risco de diluição da Nova Previdência pode crescer hoje; exterior em alta deve amenizar temores

Publicado em 11/07/2019 10:58

A Câmara dos Deputados aprovou ontem, por 379 a 131, o texto-base da Reforma da Previdência, placar muito acima do esperado pelo governo e o mercado – uma margem de 71 votos além dos 308 necessários. A bolsa, que se antecipou à aprovação da pauta e andou bem até a parte final do pregão, quando ensaiou alguma realização, deve operar volátil hoje, principalmente com os sinais de desidratação da reforma ao longo da votação dos destaques, marcada para hoje. 

O texto aprovado ontem visa a produzir uma economia fiscal de R$980 bilhões em dez anos, fundamental para ajudar a reequilibrar as finanças públicas e focar os gastos no que o país precisa: saúde, educação, segurança e infraestrutura. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o grande vencedor com a aprovação da Nova Previdência, suspendeu a votação dois destaques por volta das 23h00 de ontem logo após líderes de partidos do centro e a oposição se juntarem para amenizar o teor da reforma com algumas emendas marotas. Qual o custo fiscal dessa brincadeira? Não se sabe. Maia sabe que cautela nessa hora é pouca. 

Maia marcou a sessão de votação dos destaques para hoje, às 09h00, mas a pressão por um adiamento crescia ao longo da noite, de acordo com o relato de uma fonte à TC Mover. Uma demora pode frustrar a aposta do investidor de que a Nova Previdência saia da Câmara para o Senado já aprovada em dois turnos até o dia 17 de julho – último dia antes do recesso parlamentar, - deixando espaço para uma realização na bolsa. A jornalistas, o Maia justificou o adiamento por achar “melhor parar e retomar na quinta para que os deputados saibam os destaques que estão votando", reiterando o compromisso pessoal de que o segundo turno será votado até sexta-feira de noite ou sábado de manhã. 

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Fonte: tc.tradersclub.com.br

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