Associação de procuradores entrega lista tríplice para PGR a Bolsonaro

Publicado em 05/07/2019 16:10 e atualizado em 05/07/2019 17:10

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Fábio George Cruz da Nóbrega, entregou nesta sexta-feira a lista tríplice para procurador-geral da República ao presidente Jair Bolsonaro, que publicamente não tem se comprometido em escolher entre esses nomes o futuro chefe do Ministério Público Federal.

Segundo nota da associação, durante a reunião com Bolsonaro no Palácio do Planalto, Nóbrega falou da importância da lista tríplice para o fortalecimento da instituição e realçou, também, o espírito de liderança e representatividade que ostentam todos os três nomes indicados na consulta realizada junto aos integrantes do MPF de todo o país. Para ele, “a classe está inteiramente mobilizada em torno destes três nomes”.

Bolsonaro elogiou a iniciativa dos procuradores de formar uma lista tríplice a partir de debates públicos, e disse que estudará os nomes apresentados, destacando, ainda, que decidirá com calma, sem qualquer pressa ou açodamento, diante da importância do referido cargo para o país, segundo a nota da associação.

A lista tríplice foi formada por meio de eleição no mês passado. Ficaram entre os mais votados os subprocuradores-gerais da República Mario Bonsaglia e Luiza Frischeisen, e o procurador regional da República Blal Dalloul, respectivamente.

Bolsonaro não tem se comprometido publicamente a acatar a lista --que não é obrigado legalmente a seguir. Contudo, desde 2003 os presidentes têm escolhido o nome do futuro PGR dela.

O presidente tem feito acenos públicos à atual procuradora-geral Raquel Dodge, que desta vez, decidiu não concorrer à sucessão promovida pela categoria. Ela já disse que gostaria de ser reconduzida e permanecer mais dois anos à frente do comando do MPF.

O atual mandato de Dodge termina em setembro. O nome que vier a ser escolhido por Bolsonaro terá de ser aprovado pelo Senado, passando por sabatina e votação secreta.

(Reportagem de Ricardo Brito; Edição de Alexandre Caverni)

Fonte: Reuters

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