Preços de petróleo caem 4% por preocupações com demanda, mesmo após acordo da Opep+

Publicado em 02/07/2019 18:29

Por Stephanie Kelly

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo caíram mais de 4% nesta terça-feira, mesmo depois de a Opep e seus aliados, incluindo a Rússia, terem concordado com a prorrogação de um acordo para cortes de oferta até março do ano que vem, à medida que dados fracos de manufatura geraram em investidores preocupações de que uma economia global em desaceleração possa prejudicar a demanda por petróleo.

Os contratos futuros do petróleo Brent recuaram 2,66 dólares, ou 4,1%, e fecharam a 62,40 dólares por barril. Já os futuros do petróleo nos Estados Unidos decaíram 2,84 dólares, ou 4,8%, para 56,25 dólares/barril, depois de tocarem máxima de mais de cinco semanas na segunda-feira.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores, como a Rússia, que compõem um grupo conhecido como Opep+, concluíram nesta terça-feira acerto para extensão de seus cortes na produção de petróleo até março de 2020, com membros superando suas diferenças em busca de uma elevação nos preços.

A extensão vem depois de o presidente russo, Vladimir Putin, afirmar no sábado que havia chegado a um acordo com a Arábia Saudita para prolongar o pacto e continuar a reduzir a produção combinada em 1,2 milhão de barris por dia (bpd), ou 1,2% da demanda mundial.

No entanto, sinais de uma desaceleração da economia global, o que pode afetar a demanda por petróleo, significam que a Opep e seus aliados podem enfrentar uma batalha complicada para ampliar os preços apenas com restrições de oferta.

"Foi o mínimo que a Opep poderia fazer para evitar um grande colapso nos preços. Os países-membros notaram que o crescimento da demanda global por petróleo caiu neste ano para 1,14 milhão de bpd, enquanto a oferta não-Opep deve crescer em 2,14 milhões de bpd", disse em nota a consultoria Tamas Varga.

(Reportagem de Stephanie Kelly, com reportagem adicional de Noah Browning em Londres e Jessica Jaganathan em Cingapura)

Fonte: Reuters

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