Petróleo recua antes de cúpula do G20 e reunião da Opep

Publicado em 27/06/2019 11:19

Por Alex Lawler

LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo recuavam nesta quinta-feira, pressionados por preocupações sobre o possível avanço nas negociações comerciais durante a cúpula do G20 e pela percepção de que a oferta permanece forte, apesar das perspectivas de manutenção das restrições da Opep.

O petróleo Brent recuava 0,07 dólar, ou 0,11%, a 66,42 dólares por barril, às 11:12 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,03 dólar, ou 0,05%, a 59,41 dólares por barril.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quarta-feira que um acordo comercial com o presidente chinês, Xi Jinping, é possível de ser alcançado neste fim de semana, mas acrescentou que está pronto para impor tarifas sobre praticamente todas as importações chinesas remanescentes caso os dois países não cheguem a um acordo.

"É tudo sobre o G20", disse Craig Erlam, analista da Oanda. "Está claro que os investidores estão um pouco cautelosos quando se trata deste encontro, tendo em vista o colapso das negociações anteriormente e a retórica agressiva que vimos desde então de ambos os lados."

Os futuros do petróleo subiram mais de 2% na quarta-feira, depois que o último relatório de oferta da commodity dos EUA mostrou uma queda maior do que o esperado nos estoques do país. Os estoques caíram 12,8 milhões de barris, valor superior aos 2,5 milhões de barris esperados pelos analistas.

No entanto, a oferta permanece suficiente no maior consumidor de petróleo do mundo.

Operadores disseram que a incerteza sobre o avanço do comércio no G20 --que pode se traduzir em uma perspectiva de demanda de petróleo mais forte-- e dúvidas sobre os contínuos cortes de produção da Opep e seus aliados estavam prejudicando as compras de petróleo.

Depois que a cúpula do G20 terminar no sábado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, incluindo a Rússia, se reunirão na segunda e terça-feira para discutir uma extensão do período de cortes de produção para apoiar os preços.

Fonte: Reuters

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