Dólar/B3: ambiente mais positivo entre governo e Congresso equilibram risco China-EUA
Sérgio Moro sem o Coaf, mas um número de ministérios menor (22) e um pacto entre os três poderes, que desanuviam um pouco do pessimismo sobre o andamento das reformas, devem equilibrar os ânimos diante de tensões renovadas entre Estados Unidos e China.
Nos mercados internacionais, a fuga do risco é mais acentuada e no Brasil o cenário é mais tranquilo nesta quarta (29). Ao redor das 10h30, o dólar recuava 0,70%, comercializado a R$ 3,996, e o Ibovespa, depois de abrir em alta, oscilava moderamente no negativo em 0,20%.
O acordo costurado pelo governo para que o Senado deixasse o Coaf no Ministério da Economia, sem que a MP da reforma administrativa tivesse que voltar à Câmara e correr risco de expirar (3/6), está sendo visto como vitória. A ofensiva do presidente Jair Bolsonaro em assinar um acordo que ajude a governabilidade, entre Executivo, Senado, Câmara e o Supremo, ajuda também a remover alguns obstáculos.
Outras MPs precisam se apreciadas na Câmara e, mais importante, a proposta de reforma da previdência tem que andar.
O dia vai ficar mais sensível ao desdobramento da guerra comercial sino-americana, após Pequim sugerir, por meio da mídia local, que poderia restringir as exportações de terras raras aos Estados Unidos. A China possui as maiores reservas mundiais dessas matérias-primas usadas na eletrônica.
Ao mesmo tempo, a Huawei também acionou a Justiça para julgamento sumário requerendo a inconstitucionalidade da medida americana de proibir suas empresas de negociar com a chinesa.
As bolsas asiáticas caíram , assim como em baixa estão os futuros em Wall Street. O dólar está em leve alta.
O petróleo mostra tendência de fechar em queda, depois do mergulho iniciado semana passada. Os EUA amenizaram o tom contra o Irã e os estoques americanos, em relatório semanal, devem sair hoje mais robustos. O contrato em Londres, para agosto, perde mais de 1,80%, com o barril em US$ 66,84.