USDA confirma ajuda de US$ 16 bi a produtores dos EUA; US$ 14,5 bi em subsídios
Os produtores norte-americanos que vêm sofrendo com os impactos da guerra comercial entre China e Estados Unidos deverão ser beneficiados com um pacote de ajuda de US$ 16 bilhões, segundo anunciou o Secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, nesta quinta-feira (23).
Há pouco, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe mais detalhes sobre o pacote que destinará US$ 14,5 bilhões a pagamentos diretos aos produtores. Os pagamentos aos agricultores serão uma taxa única por município e não por mercadoria e baseados nos danos comerciais de cada condado.
Os valores destinados a cada produto, porém, ainda não são conhecidos e serão divulgados mais a frente. A primeira rodada de pagamentos pode acontecer entre julho ou agosto.
O USDA informou ainda que US$ 1,2 bilhão será destinado à compra de alimentos, e outros US$ 100 milhões para desenvolvimento de mercado.
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Além disso, em seu comunicado, o departamento disse ainda que os cálculos dos danos comerciais incluem as complicações de exportações para China, União Europeia e Turquia.
O pacote não só trará subsídios aos produtores americanos, como também destinará parte da verba para ampliar o mercado norte-americano para outros compradores além China.
"Parte destes US$ 16 bilhões serão usados para programas de acesso do mercado dos EUA em outros locais. Se a China decidir por ficar fora, então nós venderemos esses ótimos produtos em outros lugares", disse Perdue em seu pronunciamento hoje.
O Secretário citou países como Índia, Malásia, Tailândia e as Filipinas como exemplos sobre mercados em que os EUA poderiam ampliar o potencial de seus mercados. Ainda assim, disse reconhecer a importância dos chineses no mercado americano e afirma que espera que eles "voltem à mesa" para novas conversas.
Às 14h15 (horário de Brasília), o presidente Trump também se reúne para tratar do pacote na Casa Branca com sua equipe.
Sobre o presidente, o secretário americano disse ainda que espera que se confirme o encontro de Donald Trumpo e Xi Jinping durante a próxima reunião do G20, no final de junho, no Japão.
ELEIÇÕES 2020
Há meses se discute a possibilidade de a China esperar pelas eleições de 2020 para voltar a renegociar com os Estados Unidos. As especulações são de que a nação asiática poderia aguardar na esperança de negociar com um outro presidente que não Trump. Inclusive, Perdue disse ainda que parte das atitudes da China tiveram, de fato, o propósito de atacar uma das mais importantes bases eleitorais do presidente americano. E o país teria atacado Trump mesmo antes de sua candidatura à reeleição.
"Os produtores foram seriamente atingidos e a China sabe. Eles foram direto à base política de Trump, mas ele não permitirá que eles carreguem esse peso", afirmou o representante do governo americano em uma entrevista à Fox Business.
Com informações do USDA e da Reuters