Trump diz que tarifas fazem empresas deixarem a China e que acordo não pode ser igualitário

Publicado em 20/05/2019 09:23

Por David Lawder e Nandita Bose

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que suas tarifas sobre produtos chineses estão fazendo com que as empresas transfiram a produção da China para o Vietnã e outros países asiáticos e acrescentou que qualquer acordo com a China não pode ser igualitário.

Em entrevista ao canal Fox News, gravada na semana passada e exibida no domingo à noite, Trump disse que os Estados Unidos e a China "tinham um acordo muito forte, nós fizemos um bom negócio, e eles mudaram. E eu disse que tudo bem, nós vamos tarifar seus produtos então."

Nenhuma negociação entre os principais negociadores chineses e norte-americanos foi marcada desde a última rodada, que terminou em 10 de maio - mesmo dia em que Trump elevou as tarifas de sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses de 10% para 25%.

Trump elevou as tarifas depois que a China azedou as negociações ao buscar grandes mudanças em um acordo que, segundo autoridades dos EUA, tinha sido amplamente aceito.

Desde então, a China adotou um tom mais severo em sua retórica, sugerindo que a retomada das negociações destinadas a encerrar a guerra comercial, que já dura 10 meses, provavelmente não acontecerá em breve.

Trump, que disse que a entrevista com o apresentador da Fox News Steve Hilton ocorreu dois dias depois de ele ter aumentado as tarifas, afirmou que ficará feliz em simplesmente manter tarifas sobre produtos chineses, porque os Estados Unidos receberão 100 bilhões de dólares ou mais em tarifas.

Mas ele acrescentou que acredita que a China acabará fazendo um acordo com os EUA "porque eles estão sendo massacrados com as tarifas, a China está sendo totalmente destruída".

Mas ele explicou que disse ao presidente chinês, Xi Jinping, antes das rodadas de negociações mais recentes, que qualquer acordo não poderia ser igualitário entre os dois países e teria que ser mais favorável aos EUA por conta das práticas comerciais anteriores da China.

Fonte: Reuters

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