Corte de 3,5% ou 30%? Entenda essa e outras causas da paralisação na educação nesta quarta
Reitores de universidades federais, centrais sindicais e organizações estudantis convocaram uma paralisação nacional nesta quarta-feira (15) em todo país contra o governo de Jair Bolsonaro. Estão programadas atividades em vários estados, durante a manhã e à tarde, e a Força Nacional realizará um esquema especial de segurança em frente ao edifício do Ministério da Educação (MEC), em Brasília.
A causa principal dos protestos é o bloqueio de 5% do orçamento anual do MEC, R$ 7,4 bilhões de um total de R$ 149 bilhões. Nas universidades públicas o congelamento de gastos atingirá 3,5% do orçamento de cada instituição, das chamadas verbas “não obrigatórias”. Caso “a reforma da Previdência seja aprovada e entre dinheiro em caixa”, afirmou o ministro da Educação Abraham Weintraub, o dinheiro será desbloqueado.
Os bloqueios nas universidades públicas somam R$ 2 bilhões e, apesar de não chegarem a atingir salários, aposentadorias e outros gastos obrigatórios (cerca de 86% do orçamento de cada universidade), podem comprometer o funcionamento das instituições no segundo semestre. As verbas não obrigatórias incluem o pagamento de água, luz, material de escritório, investimentos em obras e reformas, etc.
As centrais sindicais aproveitaram a mobilização pela educação para se manifestar também contra a reforma da Previdência. Com isso, professores de escolas particulares também decidiram participar dos protestos.
Entre os outros motivos para a paralisação desta quarta estão as críticas do Ministério da Educação aos cursos de humanas e o estudo do corte de recursos para essas graduações.
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