Marinho defende PEC da Previdência na íntegra e diz que não se discute mais se será aprovada
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse nesta quinta-feira que defenderá na íntegra a Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência para honrar a assinatura que o presidente Jair Bolsonaro colocou no texto ao enviá-lo ao Congresso Nacional.
Em entrevista ao lado da líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), Marinho disse não ter dúvida que a proposta será aprovada, mas resta saber com que abrangência ela sairá do Congresso.
“Hoje não se discute mais se vai se aprovar ou não. É o tamanho da Previdência que será aprovada. E quanto maior o impacto fiscal, maior capacidade o governo terá de atender as capacidades legítimas da maioria da população brasileira”, disse o secretário.
Marinho esteve reunido com a líder do governo para acertar um “gabinete de inteligência”, um centro de informações a deputados com técnicos da equipe econômica de plantão para atender os parlamentares.
Ainda que ressalve a prerrogativa do Congresso de modificar o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma, lembrou que como representante do governo defenderá a aprovação da proposta original.
“Evidente que entendendo como funciona o Parlamento brasileiro, e eu tenho uma experiência de três mandatos, o que vem aqui para o Parlamento é aperfeiçoado, é modificado, é alterado, mas esse é um processo absolutamente natural e dentro da democracia. Agora, não é possível que o governo não defenda o que apresentou e nós vamos defender”, afirmou.
Para o secretário, o governo terá a oportunidade de defender o texto encaminhado durante a discussão da PEC na comissão especial, responsável pela análise do mérito da PEC.
Marinho cobrou ainda, um posicionamento mais convicto de governadores a favor da proposta, de forma a mobilizar deputados e votos favoráveis.
“O que estamos vendo é que alguns governadores precisam se comprometer mais com a reforma, que vai beneficiar o conjunto de Estados e municípios por todo o país”, disse o secretário, acrescentando que haverá oportunidade para que os gestores se posicionem de maneira mais explícita.
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