Governo confirma que 25 militares venezuelanos pediram asilo ao Brasil
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou nesta terça-feira (30) que 25 militares venezuelanos de baixa patente pediram asilo na embaixada brasileira em Caracas, na Venezuela. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro já autorizou a medida. Atualmente, o país acolhe 70 desertores venezuelanos.
Ele também citou a Medida Provisória 880, publicada hoje em edição extra do Diário Oficial da União, que abre crédito extraordinário em favor do Ministério da Defesa, no valor de R$ 223,853 milhões. A verba se destina à assistência emergencial e ao acolhimento humanitário de venezuelanos no país. O orçamento é destinado à manutenção da Operação Acolhida, que atende a venezuelanos na fronteira com o Brasil.
Ao descartar uma intervenção brasileira no país vizinho, Rêgo Barros comentou a dificuldade em obter informações sobre a situação na Venezuela: “Há, de fato, uma real dificuldade de identificar qual é a real situação hoje na Venezuela, que possa ser abertamente colocada em público”. Ele reiterou a nota do governo brasileiro que faz um chamado a outros países para apoiarem o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó.
O porta-voz falou ainda sobre a próxima reunião do Grupo de Lima, na sexta-feira (3), na capital peruana, que vai tratar dos desdobramentos da crise venezuelana. O grupo reúne 12 países (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela) e reconhece Guaidó como líder do Executivo venezuelano. Ainda não há detalhes sobre a delegação brasileira que fará parte da missão.
Ao longo desta terça-feira (30) foram registrados confrontos entre manifestantes e forças de segurança nas ruas de Caracas e outras cidades venezuelanas, depois que Guaidó divulgou uma mensagem afirmando ter obtido apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. Guaidó batizou a ação de Operação Liberdade, para livrar o país do que classificou como “a usurpação” do poder pelo grupo de Maduro.
A partir da divulgação do anúncio de Guaidó pelas redes sociais, venezuelanos contrários e favoráveis a Maduro foram às ruas. Segundo Rêgo Barros, o Palácio do Planalto tem acompanhado com atenção a situação naquele país e Bolsonaro, inclusive, já conversou com Guaidó.
Ministério da Educação
Ainda durante o pronunciamento, Rêgo Barros leu nota do Ministério da Educação sobre o contingenciamento de verbas para universidades federais. Segundo ele, o ministério faz estudos para que nenhum programa seja prejudicado, mas não envia comunicados a respeito do orçamento a nenhuma instituição de ensino superior: “Cabe destacar que o Ministério [da Educação] estuda os bloqueios para que nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados de forma mais eficaz. O Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto em seu orçamento.”
0 comentário
Índice europeu STOXX 600 fecha em máxima recorde com empresas expostas à China após estímulo
Wall Street sobe após dados de inflação dos EUA; small caps avançam
Ibovespa sobe em sessão volátil após dados de inflação nos EUA
Wall Street abre em leve alta após dados de inflação dos EUA
Dólar fica estável frente ao real apesar de apetite por risco no exterior
Brasil abre 232.513 vagas formais de trabalho em agosto, acima do esperado