PIB fica estável no trimestre encerrado em fevereiro (Ag Brasil)

Publicado em 17/04/2019 10:10

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou estável no trimestre encerrado em fevereiro, na comparação com o trimestre fechado em novembro do ano passado.

O dado é do Monitor do PIB, divulgado hoje (17), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro de 2018, no entanto, o PIB cresceu 1%, segundo a FGV. No acumulado de 12 meses, a alta é de 1,1%.
 
Considerando-se apenas fevereiro, houve queda de 0,4% na comparação com janeiro e alta de 2,3% na comparação com fevereiro do ano passado.
 
Na comparação do trimestre fechado em fevereiro com o trimestre encerrado em novembro, os serviços cresceram 0,3% e a agropecuária, 0,7%. Mas a queda de 0,7% da indústria, puxada principalmente pelo recuo de 4% da indústria extrativa mineral, fez com que a economia ficasse estável no período.
 
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,4%, o consumo do governo manteve-se estável e a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, recuou 2,3%.

As exportações cresceram 4,1% e as importações tiveram alta de 2%.

IGP-M acumula inflação de 8,5% em 12 meses, diz FGV

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, teve inflação 0,78% na segunda prévia de abril. O resultado é inferior ao apurado no mesmo período do mês anterior (1,06%). Segundo a FGV, com a prévia, o IGP-M acumula taxas de inflação de 2,96% no ano e de 8,5% em 12 meses.

A queda da taxa da prévia de março para a de abril foi puxada pelos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o segmento, caiu de 1,41% em março para 0,89% em abril.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,5% para 0,66%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,11% para 0,39% no período.

Banco do Brics investirá US$ 621 milhões em projetos no Brasil

O Brasil receberá US$ 621 milhões do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição financeira criada em 2015 pelo grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics. Nos três primeiros anos de operação da instituição, foram aprovados quatro projetos brasileiros que abrangem as áreas de energia renovável (eólica, solar e hidrelétrica), construção de estradas, reconstrução de rodovia férrea, esgotamento sanitário, telecomunicações e refinarias da Petrobras. Os dados são do estudo Arquitetura Financeira Conjunta do BRICS: o Novo Banco de Desenvolvimento, lançado (17) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo estima que o deficit de investimentos em infraestrutura nos países em desenvolvimento seja de US$ 1 trilhão e US$ 1,5 trilhão por ano. Criado para oferecer crédito a projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos BRICS e em outros países em desenvolvimento, o NDB aprovou, entre 2016 e 2018, 30 projetos num total de US$ 8,1 bilhões. Segundo a pesquisa, quase um terço do valor se destina a financiamentos no setor de transporte, enquanto 26% é direcionado à energia limpa. Além desses setores, o banco também é voltado para projetos contemporâneos nas áreas de mobilidade urbana e rural, eficiência na oferta e uso da água, proteção contra enchentes, infraestrutura (social e urbana) e produção limpa (atividades poupadoras de emissão de CO2).

O Brasil, como um dos cinco acionistas do NDB, já aportou US$ 1 bilhão até 2019 e deverá destinar mais US$ 1,050 bilhão para a instituição até 2022. Até o momento, o banco já recebeu aportes de US$ 5,3 bilhões de seus sócios fundadores, e a meta de integralização do capital até 2022 é de US$ 10 bilhões.

Juntos, os países do BRICS têm uma participação de 33% no produto global, 42% da população mundial e 43% de contribuição no crescimento do produto global, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2018.

Escritório no Brasil

O NDB tem sede em Xangai, na China, além de um escritório em Johanesburgo, na África do Sul. Em novembro de 2019, está prevista a inauguração de um escritório no Brasil, na cidade de São Paulo. Há, ainda, expectativa de criação de uma representação na capital federal. Em 2020, o Brasil indicará o novo presidente do banco, lembra o Ipea.

Fonte: Agencia Brasil

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