Riscos de política econômica afetam Brasil em meio a dúvidas sobre Previdência, diz Fitch (REUTERS)
Por Laís Martins
SÃO PAULO (Reuters) - As pressões negativas sobre ratings da América Latina têm se acumulado ao longo dos últimos seis meses, afirmou a agência global de classificação de riscos Fitch em relatório divulgado nesta terça-feira, com o Brasil entre os países envoltos em riscos políticos e de política econômica em meio a dúvidas sobre a aprovação da reforma da Previdência.
A agência previu uma aceleração do crescimento econômico do Brasil, mas para "apenas" 2,1 por cento em 2019. Apesar de citar, em nota, as reformas econômicas anunciadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro como forma de melhorar o cenário fiscal, com destaque para a da Previdência, a Fitch levanta dúvidas sobre a aprovação da proposta pelo Congresso.
"Fracassar em aprovar a reforma previdenciária poderia afetar perspectivas de investimento e recuperação e elevar incertezas sobre dinâmicas da dívida pública no médio prazo", disse a agência.
Os riscos políticos e direcionamento da política econômica continuam como incertezas fundamentais em vários países da América Latina, de acordo com a agência, que destaca México, Peru e Chile entre os países que devem sofrer desaceleração moderada em seu crescimento econômico, enquanto as contrações anuais na Argentina e na Venezuela devem prosseguir, avaliou a Fitch.
Na contramão, a agência previu intensificação do crescimento econômico na Colômbia, para 3,3 por cento em 2019.
0 comentário
Confiança de serviços do Brasil cai em setembro a menor nível em mais de um ano, diz FGV
China anuncia novas medidas de estímulo para atingir meta de crescimento de 2024
Índices da China registram melhor ganho semanal desde 2008 após estímulo econômico
BTG eleva projeção para Selic após fala de Campos Neto reforçar tom duro do Copom
Wall St fecha em alta com dados econômicos positivos dos EUA
Dólar cai ante real após China sinalizar mais estímulos econômicos