Câmara pode incluir na pauta desta 3ª derrubada da isenção de vistos para EUA, Canadá, Japão e Austrália

Publicado em 26/03/2019 14:55

BRASÍLIA (Reuters) - Em mais um sinal negativo para o governo do presidente Jair Bolsonaro, os partidos do chamado centrão aprovaram nessa terça-feira a decisão de apresentar um requerimento para incluir na pauta do dia a derrubada do decreto presidencial que retirou a necessidade de vistos para visitantes dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, assinado na semana passada.

Em reunião de líderes com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), parlamentares do PSOL apresentaram o requerimento, que foi assinado também pelos líderes do PT, Paulo Pimenta (RS), do PSB, Tadeu Alencar (PE), e pelo líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), em nome do bloco que reúne PSL --partido de Bolsonaro--, PR, PP, PSD, MDB, PSDB, PTB, PSC e PMN.

O decreto foi assinado pelo presidente na semana passada, antes da viagem aos Estados Unidos, onde foi apresentado ao presidente norte-americano, Donald Trump, como um sinal de boa vontade do Brasil.

A decisão foi tomada sem esperar a chamada reciprocidade, em que mudanças diplomáticas desse calibre só são feitas quando o outro país oferece a mesma medida. A avaliação do governo brasileiro é que a mudança aumentará o turismo desses países para o Brasil, mas ela causou polêmica.

Normalmente, mudanças desse porte teriam que passar pelo Congresso. No entanto, uma mudança na lei de imigração aprovada no ano passado abriu a brecha para que o governo derrubasse a exigência de vistos por decreto.

Já em seguida da publicação, a reação no Senado e na Câmara não foi boa e a possibilidade de derrubada do decreto começou a ganhar força mesmo entre parlamentares fora da oposição.

De acordo com o líder do PSOL, Ivan Valente, Maia se comprometeu a colocar o requerimento em pauta ainda nesta terça.

(Reportagem de Mateus Maia e Lisandra Paraguassu)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

BTG eleva projeção para Selic após fala de Campos Neto reforçar tom duro do Copom
Wall St fecha em alta com dados econômicos positivos dos EUA
Dólar cai ante real após China sinalizar mais estímulos econômicos
Ibovespa avança com suporte de Vale, mas Petrobras mina alta maior
Taxas de janeiro 2026 e janeiro 2027 têm alta firme em dia de avanço dos yields e fala de Campos Neto
Índice europeu STOXX 600 atinge recorde de fechamento com estímulo da China