Mercados avaliam tensão política mais branda e testam realização de lucros no dólar
Os mercados financeiros tentam se ajustar nesta segunda-feira (25) diante da aparente baixa dos decibéis no embate entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o governo, embora a tensão continue conjugada com o clima de desaceleração global. No dólar, pelo menos, os agentes testam em paralelo uma recuperação de lucros.
A divisa americana recua oscilando entre 0,35 e 0,40, a R$ 3,88, depois da forte alta da sexta, quando fechou acima dos R$ 3,90. O Ibovespa, que refui dos 100 mil pontos na semana para a máxima de 2008, ao cair 3,10%, flutua bastante desde a abertura, para cima e para baixo sempre próxima da linha d'água, tanto quanto o Ibovespa Futuros. Por volta das 11h15 operavam para cima.
No plano interno, Maia em entrevista ao G1 amenizou as críticas à condução política de Jair Bolsonaro em relação à articulação de apoio às reformas previdenciárias, apesar da fala do presidente de que não cederá à "velha política". Ou seja, continuaria a não barganhar cargos em troca de apoio do Congresso.
E com o tiroteio ampliado pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO).
Com uma nova rodada para começar das negociações entre EUA e China, há a expectativa - cautelosa, porém -, de que algum acordo seja estabelecido até abril, para que a guerra comercial não se amplie.
E jogando mais lenha na desaceleração global, já vista em dados da própria China, com crescimento menor para este ano, e da União Europeia (UE) - apesar de dados positivos conhecidos das indústrias alemãs.
Hoje ainda se saberá do PIB americano no último trimestre, que espera-se lance uma luz sobre a maior economia mundial justamente quando o banco central (Federal Reserve) já anunciou várias vezes que a política de aperto de juros vai ficar acomodada, entendida aqui como sinal de que a atividade econômica segue satisfatória.
Mas os futuros nas bolsa de Nova York estão em queda e o dólar index, na compração com outras divisas, igualmente recua.