Mercados aliviados com "dureza" da Previdência, mas atentos a dificuldades; ChinaxEUA mais otimistas
Fim da expectativa da entrega das propostas de reforma previdenciária, inclusive com pontos até considerados duros e necessários, mas até por eles de agora em diante se espera tensões políticas. E os ativos deverão seguir muita volatilidade e até que o presidente Jair Bolsonaro consiga apresentar uma base de apoio segura no Congresso, ainda as voltas com os problemas gerados no PSL, os investidores devem ficar acautelados.
O dólar continua em alta, perseguindo fechamento da quarta, desde a abertura nesta quinta (21) e na passagem das 10h40 está em 0,33%, com o real a R$ 3,74. E a bolsa de São Paulo abriu para cima, moderadamente, com alguma influência de informações positivas de China e Estados Unidos: Ibovespa se esforçando para sair dos 97 mil pontos, em torno de mais 0,50/0,60%, o o Ibovespa Futuro mais magro. Ambos fecharam em leves quedas na véspera.
De Brasília, os investidores vão monitorar o quanto das críticas a aspectos da reforma - transição de 20 anos e aposentadoria do trabalhador rural, entre outros - pode ganhar as ruas e bater na sensibilidade dos deputados, ameaçando o governo. A economia de R$ 1,6 trilhão dita pelo ministro da Fazenda, Paulo Guedes, ficaria ameaçada se o plano for desidratado aqui ou ali.
Do exterior, as negociações sino-americanas estão retomadas, como notícias de que se avançaram em possíveis acordos, mas sob pressão dos Estados Unidos para que a China faça mudanças estruturais na sua economia.
Na Europa se dá como certo outro trimestre de estagnação, mais preocupante porque mostra desaceleração na principal economia do bloco, a Alemanha. As incertezas quanto ao Brexit igualmente tiram respaldo da economia da zona do euro.