Bolsonaro é favorável a reforma de Previdência para militar e negociação segue, diz secretário

Publicado em 08/02/2019 15:27

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro tomou a decisão desde o início de seu mandato de que os militares também deveriam ter suas regras de Previdência ajustadas, afirmou nesta sexta-feira o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, sem dar detalhes sobre quando e de que maneira isso será proposto.

"A negociação vem ocorrendo da melhor maneira possível", afirmou a jornalistas, após encontro com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Perguntado a respeito da reunião, Marinho afirmou que Moro foi informado sobre como serão as condições das aposentadorias especiais dos policiais dentro do texto da Previdência, sem especificá-las.

"Por enquanto, só o ministro Moro tem essa informação, mas no dia 19 ou 20 ou até o final do mês de fevereiro, quando o projeto chegar ao Congresso, a gente vai estar à disposição para tirar todas as dúvidas e esclarecer os detalhes a respeito da proposta."

Ecoando comentários feitos na véspera pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Marinho pontuou que o presidente é quem irá bater o martelo sobre o formato final da reforma da Previdência após se recuperar de cirurgia recente pela qual passou.

Questionado por mais detalhes da carteira de trabalho verde e amarela, ele afirmou que Guedes já havia falado a respeito. Na véspera, o ministro defendeu que o instrumento não virá para acabar com os benefícios vigentes, mas para dar opções aos trabalhadores.

A ideia do governo é que a nova carteira seja amparada pelo regime previdenciário de capitalização. O jovem que optar por ela terá menos direitos trabalhistas, já que as empresas não terão custo sobre a folha de pagamento. A contrapartida, de acordo com Guedes, será o aumento da empregabilidade.

O ministro defendeu a iniciativa, mas pontuou que a regulamentação da carteira com as novidades trabalhistas não virá na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre a Previdência, ficando, com isso, para um segundo momento.

(Por Mateus Maia)

Fonte: Reuters

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