Incertezas quanto à economia chinesa deixam mercados em viés de baixa; petróleo cai
O impasse do Brexit está reservado a um papel secundário e o cenário chinês voltou a polarizar o andamento dos ativos de risco no mundo. E o petróleo ainda tem a ajuda dos Estados Unidos no recuo. Depois de uma quarta-feira relativamente morna, inclusive no mercado interno, a quinta (17) parece que será mais movimentada.
Pequim injetou US$ 83 bilhões no sistema financeiro para crédito às empresas, mais um outro tanto reservado para hoje, em paralelo ao anúncio de que a economia poderá crescer "apenas" 6,3% este ano. No último trimestre o PIB desacelerou para 6,4%.
Prevalece ainda incertezas quanto à necessidade de mais medidas à economia da China, além das anunciadas, como mais crédito (sic), aumento dos gastos em infraestrutura e menos impostos.
Enquanto as bolsas na Ásia fecharam em baixa e as da Europa seguem em queda pelo temor do impacto negativo na economia mundial, ainda considerando a dificuldade do acordo comercial sino-americano, o barril do Brent em queda igualmente reflete os dados dos Estados. Flutua em menos 1,30% em Londres, na faixa dos US$ 60,50. O WTI, negociado em Nova York, perde mais ou menos a mesma coisa.
A Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) prevê mais 12 milhões de barris de produção este ano.
Isso vem tirando momentaneamente o peso de menor produção anunciada pela Opep de menos 1,2 milhão de barris/dia desde 1º de janeiro, enquanto os mercados aguardam a próxima reunião dos países produtores e a possível decisão de ampliação dos cortes. Em dezembro, a produção já havia caído quase 800 mil barris diários.
Junto com petróleo, o açúcar em Nova York acompanha a queda, depois do comportamento estável da véspera. Cai 11 pontos, a 13.06 c/lt o vencimento março.
Enquanto o Ibovespa futuro recua alinhado às bolsas internacionais, o câmbio no mercado interno, estável na quarta, vai alcançando mais 0,90% e negociado a RS 3,76. O mercado monitora a proposta da Previdência do governo de Jair Bolsonaro, que está com avaliação positiva segundo pesquisa divulgada.