China vai eliminar tarifas de importação e exportação sobre alimentos alternativos para animais

Publicado em 25/12/2018 10:39

PEQUIM (Reuters) - Em 2019, a China planeja retirar tarifas de importação e exportação sobre uma série de produtos, incluindo taxas de importação sobre alimentos alternativos para ração animal, numa tentativa de garantir o suprimento de matérias-primas em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos e incentivar as exportações.

As tarifas de importação sobre os alimentos alternativos – que incluem farelos de sementes de canola, algodão, girassol e palmeira – serão retiradas a partir de 1 de janeiro de 2019, informou o Ministério das Finanças em um comunicado em seu site oficial, nesta segunda-feira.

A guerra comercial da China com os Estados Unidos tem agitado o mercado global de soja depois que os chineses praticamente interromperam a importação de soja dos EUA em seguida à imposição de uma tarifa adicional de 25 por cento, em julho.

Embora a China tenha retomado algumas encomendas de soja dos EUA, as tarifas sobre o grão continuam vigentes, e a retirada das tarifas sobre alimentos alternativos pode ajudar a garantir o suprimento de ração animal para a China, dizem analistas.

“Isso é basicamente se preparar para dias chuvosos, à medida que as compras de soja dos EUA ainda não começaram e até agora somente as firmas estatais têm comprado”, disse Monica Tu, analista da Shangai JC Intelligence.

“Embora o volume das importações de alimentos alternativos ainda não seja enorme, eles podem substituir a soja. (A retirada das tarifas) é basicamente oferecer alternativas ao consumidor final”, disse Tu.

Os Estados Unidos são o segundo maior fornecedor de soja para a China, e o item representou 12 bilhões de dólares na transação comercial entre os dois países em 2017.

A China adquire soja para transformar em alimento para ração animal e em óleo de cozinha. O país possui, por exemplo, o maior rebanho de porcos do mundo.

China tem registro de novo surto de febre suína africana em Guangzhou

PEQUIM (Reuters) - O Ministério de Agricultura da China informou neste domingo que houve um novo surto de febre suína africana em uma fazenda em Guangzhou, ao sul do país, com nove porcos mortos, de um total de 6.027 suínos.

A China já registrou mais de 90 casos da incurável doença desde que ela foi detectada pela primeira vez no país no início de agosto.

China diz que teve segunda rodada de conversas vice-ministeriais com EUA sobre comércio

PEQUIM (Reuters) - A China e os Estados Unidos mantiveram na sexta-feira uma rodada de conversas por telefone em nível vice-ministerial, o segundo contato do tipo em uma semana, promovendo uma "profunda troca de ideias" sobre desequilíbrios comerciais e proteção de propriedade intelectual, disse o Ministério do Comércio da China.

Um comunicado divulgado no site do ministério neste domingo disse que os dois países "fizeram novos progressos" nessas questões, sem especificar mais.

O comunicado também disse que a China e os Estados Unidos discutiram as providências para uma próxima conversa e visitas mútuas.

Na quarta-feira, o ministério disse que Pequim e Washington promoveram uma conversa por telefone de nível ministerial sobre questões comerciais e econômicas, sem fornecer outros detalhes.

Os telefonemas ocorrem em meio a sinais de degelo em uma disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do mundo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, concordaram neste mês com uma trégua que atrasou um plano dos EUA de aumentar em 200 bilhões de dólares tarifas sobre mercadorias chinesas, à medida que os países negociam em busca de um acordo comercial.

Funcionários do Ministério do Comércio da China indicaram anteriormente que os dois países estavam em estreito contato para negociações sobre comércio e que qualquer delegação comercial dos EUA seria bem-vinda em uma visita ao país.

China vai lançar medidas de apoio à economia 

PEQUIM (Reuters) - O chefe da principal agência de planejamento econômico da China afirmou que lançará mais medidas de apoio para impulsionar a economia, especialmente no setor manufatureiro avançado, reportou a imprensa estatal neste sábado.

A China irá apoiar vigorosamente o setor privado e resolver dificuldades financeiras de empresas privadas, disse a agência oficial de notícias Xinhua citando o presidente executivo da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, He Lifeng, em conferência de fim de ano.

A China manterá o crescimento econômico dentro de uma faixa razoável e gerenciará ativamente os riscos externos e os desafios, disse He, em comentários alinhados com os feitos por líderes na Conferência Central de Trabalho Econômico, reunião de líderes partidários e legisladores concluída na sexta-feira.

He disse que a China também acelerará a reestruturação das indústrias tradicionais e aumentará o apoio financeiro para prover capital de médio e longo prazos para a transformação tecnológica de empresas manufatureiras.

O crescimento econômico chinês desacelerou para 6,5 por cento no terceiro trimestre, nível mais fraco desde a crise financeira global. O governo lançou uma série de medidas, incluindo reduções nos depósitos compulsórios para bancos, cortes de impostos e mais gastos com infraestrutura para evitar uma forte desaceleração na segunda maior economia do mundo.

Fonte: Reuters

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