Bolsonaro analisa potencial de reservas de potássio, cálcio e magnésio
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (16), em uma postagem no Twitter, que está analisando o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio no país junto com os futuros ministros de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e da Agricultura, Tereza Cristina.
“Junto aos futuros ministros de Minas e Energia e Agricultura, estamos analisando o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio em regiões do nosso país. Hoje, mesmo com as maiores reservas, dependemos de matéria-prima importada para produzir fertilizantes”, escreveu na rede social.
Na última terça-feira (11), ao ser perguntado sobre as ações da pasta para 2019, Albuquerque disse que os desafios são “enormes”. “Não só no setor elétrico, mas também na questão de óleo e gás, da mineração tem a cessão onerosa, tem Itaipu, daqui a pouco vamos ter que discutir o contrato de Itaipu. E na questão de energia elétrica é aquilo: fornecer energia mais barata para o consumidor e para aquele que está investindo no país, que vai começar a crescer”.
Fertilizante entra no radar do governo Bolsonaro (por RELATÓRIO RESERVADO)
O governo Bolsonaro quer estimular a criação de consórcios entre mineradoras e grandes grupos agrícolas para explorar reservas de potássio, cálcio e magnésio.
A medida atenderia a dois objetivos:
de um lado, reduzir o déficit comercial e a dependência brasileira de matéria -prima importada para a produção de fertilizantes:
do outro, diminuir a concentração de preços do setor.
Assessores dos ministros de Minas e Energia, Almirante Bento Leite, e da Agricultura, Tereza Cristina, iniciaram estudos para avaliar o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio no Mato Grosso e na Bahia.
Praticamente todas as jazidas ficam próximas a áreas de plantio.
Um amplo trabalho de zoneamento agrogeológico realizado pela Embrapa e pelo Serviço Geológico do Brasil/ CPRM foi apresentado à futura equipe da Pasta de Minas e Energia no último dia 4, em seminário fechado na sede do Ministério, em Brasília.
O setor de fertilizantes é uma prioridade nacional que vai e volta há mais de quatro décadas.
Já foi predominantemente de controle estatal, com a Vale e a Petrobras.
Esta última deixou o segmento, regressou e agora mesmo flerta com a porta de saída novamente.
Nesse vai e vem, tudo continua como dantes. Desde a década de 90, com as privatizações no setor, o grau de concentração da indústria tem se acentuado cada vez mais.
Apenas quatro empresas – Mosaic, Yara, Fertipar e Heringer – dominam 70% da produção de fertilizantes e consequentemente controlam os preços do mercado.
Ao mesmo tempo, o déficit comercial do país no setor segue nas alturas.
O Brasil importa 95% do potássio, 83% do nitrogênio e 60% do fosfato utilizados no mercado doméstico.