Economistas passam a ver Selic mais baixa em 2019 com cenário de inflação cada vez mais fraca, mostra Focus

Publicado em 10/12/2018 07:41

SÃO PAULO (Reuters) - Com o cenário de inflação cada vez mais fraca, os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central ratificaram a expectativa de manutenção da taxa básica de juros nesta semana e ainda reduziram a projeção para 2019.

O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostrou que a perspectiva é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mantenha a Selic em 6,5 por cento na quarta-feira.

Além, disso, os especialistas consultados passaram a ver que a taxa encerrará o próximo ano a 7,5 por cento, contra 7,75 por cento estimados anteriormente.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a Selic a 6,5 por cento neste ano e elevou a estimativa para 2019 a 7,25 por cento, de 7,00 por cento na semana anterior.

O resultado fica em linha com pesquisa da Reuters divulgada na semana passada, segundo a qual todos os 35 economistas consultados veem manutenção da taxa esta semana e apenas quatro de 33 economistas que responderam a uma questão adicional esperam que o BC eleve os juros antes do segundo semestre de 2019.

As pressões inflacionárias no país seguem fracas e permitem esse movimento pelo BC. No Focus, a projeção para a alta do IPCA em 2018 foi reduzida pela sétima semana seguida, a 3,71 por cento, de 3,89 antes. Em novembro, o índice que baliza a meta do governo recuou 0,21 por cento, maior deflação para o mês em 24 anos, levando o acumulado em 12 meses a 4,05 por cento.

Para 2019, a conta na pesquisa do BC caiu a 4,07 por cento, de 4,11 por cento no levantamento anterior. O centro da meta oficial de 2018 é de 4,50 por cento e, para 2019, de 4,25 por cento. A margem de tolerância para ambos os anos é de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa agora é de um crescimento de 1,30 por cento este ano, 0,02 ponto percentual a menos, e de 2,53 por cento no próximo, sem alteração.

Fonte: Reuters

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