Presidente eleito do México quer acabar com importação de combustíveis em 3 anos

Publicado em 07/07/2018 18:20

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O presidente eleito do México, Andres Manuel Lopez Obrador, tentará acabar com as importações maciças de combustíveis do país, quase todas vindas dos Estados Unidos, durante os três primeiros anos de mandato, além de aumentar o refino doméstico.

O vencedor da eleição de domingo passado disse a repórteres neste sábado, antes de participar de reuniões privadas com membros de seu futuro gabinete, que ele também priorizará o crescimento da produção de petróleo no país, que caiu drasticamente durante anos.

"O objetivo é que paremos de comprar gasolina estrangeira até o meio do meu mandato de seis anos", disse Lopez Obrador, repetindo uma posição que ele e seu conselheiro sênior de energia fizeram durante a campanha.

"Vamos reviver imediatamente nossa atividade petrolífera, a exploração e a perfuração de poços, para termos petróleo", disse.

Na campanha eleitoral, o ex-prefeito de esquerda da Cidade do México apresentou seu plano de afastar o país da gasolina estrangeira como meio de aumentar a produção interna de petróleo e combustíveis, não como uma questão comercial com os Estados Unidos.

Presidente eleito do México buscará paz negociada contra guerra às drogas

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A equipe de transição do presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, revelou na sexta-feira um plano para combater o crime, incluindo menor tempo de prisão, mas maior controle de armas, enquanto o país trava uma guerra contra o tráfico de drogas.

O conceito de "justiça transicional" é parte da estratégia de segurança do novo governo, disse Olga Sánchez, provável futura ministra do Interior, em entrevista à Reuters antes de sua equipe revelar o plano.

    A justiça transicional envolve leniência para aqueles que confessam os crimes, comissões da verdade para investigar atrocidades e a concessão de indenizações para vítimas.

"Não será apenas anistia, será uma lei que reduz o tempo de detenção", disse Sánchez.

"Vamos propor descriminalização, criar comissões da verdade, atacar as causas da pobreza, dar escolaridade aos jovens e trabalhar no campo para tirá-los das drogas", disse.

López Obrador, esquerdista que foi eleito no domingo, quer reescrever as regras da guerra às drogas, sugerindo uma paz negociada e uma anistia para algumas pessoas que, hoje, são alvo das forças de segurança.

    Sánchez afirmou que o novo governo, que assume em 1º de dezembro, vai ser rápido em reconsiderar as políticas de drogas e o uso dos militares que, embora tenha capturado alguns chefões do tráfico, não conseguiu impedir mais de 200 mil homicídios desde a sua implementação, em 2006.

Fonte: Reuters

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