Wall Street registra ganhos impulsionada por alta da Nike

Publicado em 29/06/2018 17:07 e atualizado em 30/06/2018 03:09

NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de Wall Street fecharam em alta nesta sexta-feira, uma vez que um avanço nas ações da Nike ajudaram o trimestre a fechar em território positivo, enquanto preocupações sobre relações comerciais internacionais dos Estados Unidos diminuíram.

O índice Dow Jones subiu 0,23 por cento, a 24.271 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,075838 por cento, a 2.718 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,09 por cento, a 7.510 pontos.

No trimestre, o Dow, S&P 500 e Nasdaq todos registraram ganhos. O Dow avançou 0,7 por cento, o S&P 500 subiu 2,94 por cento, e o Nasdaq cresceu 6,33 por cento. O índice de pequenas empresas Russell 200, cujos componentes são mais voltados para o mercado doméstico, subiu 7,4 por cento.

Assim como o Russell, os principais setores do S&P 500 refletiram algum nervosismo sobre comércio. O setor de energia teve os maiores ganhos percentuais do trimestre à medida que os preços do petróleo subiram, e setores de crescimento como tecnologia e bens de consumo tiveram ganhos sólidos. O setor imobiliário e concessões públicas, considerados setores defensivos, também avançaram.

Nesta sexta-feira, ações da Nike dispararam 13 por cento para alcançar uma máxima histórica de 81 dólares após a maior fabricante de calçados do mundo reportar um retorno ao crescimento na América do Norte no último trimestre e fazer uma projeção otimista para o ano.

As ações da Nike encerraram o ano em alta de 11,1 por cento, a 79,68 dólares, seu maior ganho diário em quase quatro anos. A Nike foi o maior impulso ao Dow e S&P 500.

O índice de bancos do S&P 500 encerrou o dia quase estável após tocar uma máxima de uma semana mais cedo. No fim da quinta-feira, o Federal Reserve reportou que bancos dos EUA passaram na segunda parte de seus testes anuais de estresse, embora o banco central tenha colocado condições sobre alguns, restringindo o Goldman Sachs e o Morgan Stanley de aumentar distribuições de capital.

O Wells Fargo foi um ponto positivo, subindo 3,4 por cento.

A sessão desta sexta-feira refletiu alívio momentâneo de preocupações sobre comércio que agitaram o mercado mais cedo na semana, disseram diversos investidores, embora os principais índices tenham limitado ganhos na última hora da sessão.

"Não há muitas manchetes acontecendo", disse Ryan Detrick, estrategista sênior de mercado da LPL Financial. "Estamos tendo no fim da semana uma recuperação das preocupações de mais cedo."

Trump pretende apresentar nova reforma tributária, "provavelmente em outubro"

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esperar que uma segunda revisão tributária seja divulgada em outubro ou pouco antes, e que está considerando reduzir a alíquota de imposto corporativo para 20 por cento de 21 por cento.

Em entrevista para a Fox Business Network que será transmitida no domingo, Trump disse: "Estamos fazendo uma fase dois. Vamos fazer isso provavelmente em outubro, talvez um pouco antes".

"Uma das coisas em que estamos pensando é reduzir os 21 para 20 por cento e, na maior parte o restante disso iria para a classe média", disse ele.

Em dezembro, Trump assinou a maior reformulação do código tributário dos EUA em 30 anos, reduzindo a alíquota do imposto corporativo de 35 para 21 por cento e dando alívio temporário aos impostos para os norte-americanos de classe média.

O extenso projeto de lei foi aprovado no Congresso controlado pelos republicanos sobre a oposição dos democratas, que o consideraram um benefício para os ricos, que acrescentaria 1,5 trilhão de dólares à dívida nacional de 20 trilhões de dólares.

Os republicanos estão ávidos por revisitar a questão fiscal antes do confronto eleitoral de novembro para o controle do Congresso. Mas é improvável que mais cortes de impostos sejam bem-sucedidos no Senado, onde democratas e conservadores fiscais poderiam bloquear tal medida.

O Escritório Parlamentar do Orçamento, não partidário, alertou nesta semana que mais cortes de impostos acelerariam o crescimento de uma dívida federal que já está crescendo rapidamente.

Fonte: Reuters

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