Ibovespa fecha em queda de pouco mais de 1% com pressão de exterior

Publicado em 27/06/2018 18:03

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice acionário da B3 fechou em queda de pouco mais de 1 por cento nesta quarta-feira, pressionado pelo cenário externo mais negativo para ativos de risco.

O Ibovespa fechou em queda de 1,11 por cento, a 70.609 pontos. O giro financeiro somou 8,7 bilhões de reais.

A cautela diante da indefinição com o cenário eleitoral local deste ano também segue no radar dos investidores.

Apesar de ter fechado em território positivo nos três pregões anteriores, as altas foram contidas, com ganho acumulado de 1,9 por cento no período.

"O índice (Ibovespa) que já vinha demonstrando pouco ímpeto para avançar, em virtude do cenário macro com deterioração da recuperação econômica, se deparou com um ambiente externo de aversão a risco, com índice dólar em alta e pressão nas treasuries, em busca de proteção", disse o analista da Lerosa Investimentos Vitor Suzaki.

No exterior, as preocupações sobre uma guerra comercial entre EUA e China ainda persistem. Nesta sessão, uma queda no mercado acionário chinês pressionou os ativos de países emergentes. O índice de ações de emergentes caiu cerca de 1,5 por cento.

DESTAQUES

- ELETROBRAS PNB caiu 5,05 por cento e ELETROBRAS ON perdeu 4,08 por cento, após decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), exigindo autorização legislativa para privatização de estatais.

- ITAÚ UNIBANCO PN teve queda de 1,81 por cento e BRADESCO PN cedeu 1,62 por cento, pressionando o Ibovespa devido ao peso que essas ações têm em sua composição. SANTANDER UNIT caiu 1,76 por cento e BANCO DO BRASIL ON teve perda de 2,06 por cento.

- LOCALIZA ON caiu 4,25 por cento, em movimento de ajuste após subir nos três pregões anteriores, período em que acumulou alta de pouco mais de 9 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 3,18 por cento e PETROBRAS ON ganhou 2,7 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- AZUL PN, que não faz parte do Ibovespa, teve queda de 2,73 por cento. No radar estava a informação de que a acionista Hainan Airlines vai se desfazer de sua participação restante na companhia aérea por meio de uma oferta secundária de ações. O movimento ocorreu em um cenário de alta nos preços do petróleo e de valorização do dólar ante o real.

(Por Flavia Bohone)

Crédito imobiliário com recursos da poupança cresce 26% em maio, diz Abecip

SÃO PAULO (Reuters) - A concessão de financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em maio cresceu 26,1 por cento ante igual mês de 2017, para 4,5 bilhões de reais, informou nesta quarta-feira a Abecip, instituição que representa as financiadoras de imóveis.

No acumulado de janeiro a maio, o volume de crédito para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança subiu 18,1 por cento ano a ano, para 19,79 bilhões de reais. Nos 12 meses encerrados em maio, os financiamentos somaram 46,18 bilhões, um aumento de 2,5 por cento na comparação anual.

Segundo a Abecip, o volume de crédito via SBPE permitiu a aquisição e construção de 79,19 mil imóveis nos cinco primeiros meses do ano, alta de 17,9 por cento ante o mesmo intervalo de 2017.

Apenas em maio, 18,5 mil imóveis foram financiados com recursos da poupança, um número 12,2 por cento maior ante abril e 26,9 por cento acima do apurado um ano atrás.

O Bradesco liderou o ranking de maiores financiadores para compra e construção de imóveis no mês passado, seguido por Santander Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Fonte: Reuters

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