Pesquisa encomendada pela XP mostra que Bolsonaro continua estável na liderança

Publicado em 15/06/2018 04:13
Levantamento divulgado há uma semana, mostrou forte crescimento na intenção de voto em Haddad quando ele é citado como um nome apoiado por Lula

SÃO PAULO (Reuters) - O pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, lidera as pesquisas de intenção de voto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo pesquisa feita pelo instituto Ipespe e encomendada pela XP Investimentos, divulgada nesta sexta-feira, que mostrou estabilidade no quadro eleitoral.

A sondagem apontou, entretanto, que o pré-candidato do PSL é superado pelo patamar de brancos e nulos em dois cenários sem o petista. No terceiro cenário sem Lula, em que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece como nome apoiado pelo ex-presidente, Bolsonaro tem mais votos que os brancos e nulos.

A pesquisa, assim como o levantamento divulgado há uma semana, mostrou forte crescimento na intenção de voto em Haddad quando ele é citado como um nome apoiado pelo ex-presidente.

Neste cenário, Bolsonaro lidera com 20 por cento, variação negativa de um ponto em relação à semana passada, enquanto brancos e nulos somam 19 por cento, ante 25 por cento há uma semana. Haddad, com o apoio de Lula, vem na sequência, mantendo o patamar de 11 por cento. Marina Silva (Rede) tem 10 por cento, ante 11 por cento na sondagem anterior. Dez por cento não responderam.

Nesta simulação, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) mantêm os patamares que registraram na semana passada: 9, 8 e 6 por cento respectivamente.

Nos demais cenários sem o petista, preso desde o início de abril para cumprir pena por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato, Bolsonaro é o nome mais citado.

Num desses casos, brancos e nulos somam 27 por cento, mesmo patamar do levantamento da semana passada, enquanto Bolsonaro oscilou um ponto para baixo, para 21 por cento. Marina Silva (Rede) manteve os 13 por cento registrados na semana passada, à frente de Ciro Gomes (PDT), que oscilou um ponto para baixo, para 10 por cento, e Geraldo Alckmin (PSDB), que manteve o patamar de 8 por cento.

Sem o apoio explícito de Lula neste cenário, Haddad soma 2 por cento.

Quando o ex-presidente, que deve ser impedido de concorrer por causa da Lei da Ficha Limpa, aparece como candidato, ele lidera o levantamento, com 29 por cento, ante 30 por cento há uma semana. Bolsonaro oscila um ponto para baixo, somando 19 por cento. Brancos, nulos e ninguém foram de 15 para 16 por cento, enquanto Marina, Alckmin e Ciro mantiveram seus patamares, em 10, 7 e 6 por cento, respectivamente. Dias também soma 6 por cento.

Alckmin e Lula lideram a rejeição, com 60 por cento dos entrevistados declarando que não votariam neles. Marina e Haddad somam 57 por cento de rejeição cada, enquanto Ciro tem 56 por cento e Bolsonaro 52 por cento.

O levantamento do Ipespe para a XP apontou ainda que 51 por cento dos entrevistado não está interessado ou está só um pouco interessado na eleição presidencial.

O Ipespe ouviu 1.000 pessoas por telefone entre os dias 11 e 13 de junho. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.

Lula e Alckmin são rejeitados por 60% (O Antagonista)

Geraldo Alckmin alcançou Lula na rejeição do eleitorado: 60%, segundo a pesquisa do Ipespe, encomendada pela XP Investimentos.

Marina Silva está tecnicamente empatada, com 57%. Jair Bolsonaro tem 52% de rejeição.

Brancos, nulos e indecisos somam 65% (O Antagonista)

Na pesquisa espontânea do Ipespe – a quarta encomendada pela XP Investimentos em cinco semanas -, o percentual de eleitores sem candidato chega a assombrosos 65%.

Com exceção de Jair Bolsonaro e Lula (que está preso e não pode concorrer), os demais candidatos não passam de 2%.

BOLSONARO CAI, MAS MANTÉM LIDERANÇA (O Antagonista)

O deputado Jair Bolsonaro mantém a liderança da corrida presidencial, segundo nova pesquisa telefônica do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) – a quarta encomendada pela XP Investimentos em cinco semanas.

Em todos os cenários, Bolsonaro tem entre 19% e 22% das intenções de voto. Segundo o Ipespe, o pré-candidato do PSL apresentou uma variação para baixo de 1 ponto percentual, mas dentro da margem de erro de 3,2 pontos.

Em maio, o ex-capitão do Exército exibia um desempenho melhor: 26% das intenções de voto.

Na pesquisa espontânea, Bolsonaro voltou aos 13% registrados no primeiro levantamento, após marcar 18% em sua melhor semana. Lula aparece com 12% das intenções de voto, uma oscilação negativa de 2% pontos percentuais.

Sem candidato do PT, Bolsonaro tem 22% ( O Antagonista)

A pesquisa estimulada do Ipespe, encomendada pela XP Investimentos e divulgada pelo Infomoney, testou quatro cenários para o primeiro turno. Sem um candidato do PT, Jair Bolsonaro alcança 22%.

Na sequência, aparecem tecnicamente empatados Marina Silva (13%) e Ciro Gomes (11%), considerando a margem de erro de 3,2 pontos.

Geraldo Alckmin aparece depois com 8%, seguido de Álvaro Dias com 6%. Os demais têm entre 1% e 2%.

Com Lula, Bolsonaro fica em segundo (O Antagonista)

Na simulação feita pelo Ipespe com a participação de Lula – que está preso e proibido de disputar a eleição -, o cenário muda.

O ex-presidente aparece com 29%, seguido de Jair Bolsonaro com 19%.

O Ipespe também testou a candidatura de Fernando Haddad, com declarado “apoio de Lula”. Nessa situação, o ex-prefeito de São Paulo chega a 11% e empata com Marina Silva.

Sem o apoio de Lula, Haddad consegue apenas 2%.

Programa econômico de Bolsonaro será liberal; "Progresso com Ordem", diz Paulo Guedes (comentário de Rodrigo Constantino)

O candidato é Jair Bolsonaro, não Paulo Guedes, e a dúvida que alguns ainda alimentam é sobre o grau de influência do economista liberal num eventual governo do capitão, que tem um histórico mais estatizante nacionalista (lembrando que as pessoas podem mudar). Muitos temem que Guedes seja como um Joaquim Levy para Dilma, ou que dure pouco tempo.

São questões pertinentes, mas uma coisa é inegável: Bolsonaro está mesmo dando autonomia para Paulo Guedes montar sua equipe econômica e seu programa de governo. E os nomes e medidas divulgados até agora não deixam margem a dúvidas: é liberalismo na veia, de um tipo que tucano algum seria capaz de formular. Adolfo Sachsida destacou um resumo publicado pelo BR18, no ESTADÃO:

Os 8 Pontos de Paulo Guedes: A Linha Mestra do Programa Econômico de Bolsonaro

O site BR18 deu com exclusividade os 8 pontos escolhidos por Paulo Guedes para serem a linha mestra do programa econômico de Bolsonaro. Reproduzo abaixo os 8 pontos:

1) Recuperação do Equilíbrio Fiscal
2) Aceleração do Crescimento e Geração de Empregos
3) Novo pacto federativo, com descentralização de recursos para estados e municípios
4) Redução da Dívida pública, com privatizações, concessões e desimobilizações, para viabilizar o corte de juros e de gastos com a rolagem da dívida, e promoção do investimento privado em infraestrutura
5) Redução e simplificação de impostos
6) Adoção de Regime de capitalização na Previdência
7) Desregulamentação da economia
8) Abertura da economia

O BR18 também antecipou alguns dos nomes que compõe a equipe de Paulo Guedes. Reproduzo os nomes abaixo:

a) Marcos Cintra
b) Roberto Castelo Branco
c) Rubem Novaes
d) Carlos Costa
e) Abraham Weintraub
f) Arthur Weintraub
g) Adolfo Sachsida
h) Paulo Coutinho
i) Luciano Irineu
j) Carlos von Doellinger

As informações acima são claras, tem-se um programa econômico liberal e uma equipe técnica a altura do desafio. Se não acredita em mim, então pesquise sobre os nomes, veja onde estudaram, onde trabalharam, o que produziram na academia e no mercado, e você verá que essa equipe é sem sombra de dúvidas de altíssimo nível, e alinhada a uma agenda econômica liberal.

Conheço a maioria dos economistas citados, e são pessoas sérias e competentes. E com viés liberal. Bolsonaro, assim, vai delineando sua guinada ao liberalismo, endossando de fato uma agenda reformista que colocaria o Brasil na rota do progresso. Um progresso com ordem, como Guedes tem salientado.

Como seria a execução dessas pautas no Congresso e qual o grau de convicção do próprio candidato não temos como saber. Mas, como os americanos dizem, “so far, so good”. Até aqui, o que temos coloca Bolsonaro como o candidato mais liberal em termos econômicos, ao lado de João Amoedo, do Partido Novo. Os pontos levantados por Paulo Guedes são aqueles prioritários para salvar nossa economia capenga.

Por Rodrigo Constantino, na GAZETA DO POVO.

Não farei acordo com o diabo para ter tempo na TV, diz Bolsonaro no Maranhão (FOLHA) 

O pré-candidato à presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, visitou a capital maranhense nesta quinta-feira (14) e afirmou que não irá em busca de partidos para formar legenda para aumentar seu tempo de TV no horário eleitoral.

“Não farei acordo com o diabo para ter tempo de TV”, disse. Para o deputado, sua maior mídia de campanha é a da internet. “Propaganda hoje é feita com isso aqui [mostrando um celular]. Tivemos o exemplo nos Estados Unidos, ninguém acreditava no Trump, mas ele ganhou”.

Pesquisa da FSB sobre a influência dos presidenciáveis nas redes, em maio, mostra que o ex-capitão lidera o ranking no Facebook e no Twitter.

Para afastar os comunistas

Sobre as pesquisas eleitorais, Bolsonaro voltou a falar sobre o resultado mais recente da pesquisa Datafolha, na qual aparece com 19% das intenções de voto em um cenário sem o ex-presidente Lula como candidato.

“Pesquisas no Brasil estão sob suspeitas. Pesquisas no Brasil, como regra, sempre foram usadas para ganhar voto. O eleitor que não gosta de falar, muitas vezes (ele diz) ‘não vou votar no cara que está perdendo’, aí vota no cara só porque está na frente". E voltou a criticar o Datafolha: "Nós carecemos no Brasil de uma fonte de pesquisas confiável”. 

A vista ao Maranhão teve como objetivo firmar o apoio à candidata Maura Jorge ao governo do Maranhão, sua colega de partido. Para ambos, o apoio serviria como prova de que Bolsonaro não é misógino ou xenofóbico. “Para acabar com o factoide, ele escolheu uma mulher, nordestina e maranhense para apoiar no Maranhão”, afirmou Maura Jorge, ex-prefeita do município de Lago da Pedra e deputada estadual por quatro vezes.

Para os fãs que gritavam “mito”, o presidenciável declarou que é o candidato da direita e que pretende tirar os comunistas do poder. “As pessoas querem alguém que ame a sua pátria, alguém que afaste o comunismo. O Maranhão, a partir de 2019, não será mais governado por comunistas”, disse o deputado  (atualmente o estado é comandado por Flávio Dino, do PCdoB).

ATENÇÃO, INTERVENCIONISTAS! Por Percival Puggina

No dia 7 de outubro decide-se o rumo que a nação irá percorrer pelos próximos quatro anos. Como se sabe, a correção de quaisquer erros decorrentes dessa escolha envolve prolongadas crises e instabilidades que afetam negativamente a vida de todos. Os corruptos do “mecanismo” estão bem identificados e aptos a serem rejeitados nas urnas. O autorrotulado progressismo quebrou o Brasil, derrubou a economia nacional, criou verdadeiro caos moral e entregou o povo à bandidagem das ruas e das estruturas do poder.

A conhecida hegemonia cultural da esquerda e o efeito político das fake analysis nos meios de comunicação vêm sendo impactados pela força da direita nas redes sociais. Ideias liberais e princípios conservadores prosperam junto à opinião pública e é razoável esperar uma reversão da gangorra. Trata-se então, principalmente, de convocar os eleitores às urnas, convencê-los de que chegou a hora de escolherem bem e de se empenharem pela vitória dos melhores. Em contrapartida e num cenário tão adverso, os inimigos do país, que madrugarão nas filas de votação – sublinhe-se! -, sonham com que os bons cidadãos não apareçam nas seções eleitorais.

No entanto, em orquestrado coro, os intervencionistas vêm proclamando não só a vulnerabilidade das urnas eletrônicas, mas afirmam, como coisa decidida e consabida, a inutilidade da eleição. Certo? Errado! Errado e exagerado. Você acredita que os eleitores da tropa de choque petista ficarão em casa no dia 7 de outubro? Dirão eles, a si mesmos, que “é inútil votar em urnas fraudadas”? Ou, tão pueril quanto isso, considerar-se-ão dispensados porque, afinal, as urnas serão fraudadas em favor deles mesmos?

A greve dos caminhoneiros, ao se tornar um cardápio político acompanhado de desastre econômico, pôs uma pedra no meio do caminho. Os esquerdistas queriam o caos porque sabiam o quanto ele sempre os beneficiou em sucessivas experiências históricas; os intervencionistas queriam o mesmo caos na expectativa de que uma salvadora ruptura institucional resolvesse os problemas do Brasil. Suposto antagonismo em esforço conjunto…

Na Economia, removida a pedra, colheu-se apenas o caos com sua inexorável planilha de custos e preços. O PIB perdeu cerca de 80 bilhões, as expectativas de crescimento para o ano caíram abaixo de 2%, os preços subiram 1% em 30 dias (sinalizando para uma elevação do custo de vida), a Petrobras perdeu 14% de seu valor, o dólar disparou, a bolsa caiu. Ligeirinho, os 86% a favor da paralização viraram 70% contra. E até a demanda por frete, claro, diminuiu com a desaceleração dos negócios.

Na política, removida a pedra, não ficou mais barato. A mídia militante, aquela que soluça ao noticiar vitórias eleitorais da direita, encontrou na mobilização dos intervencionistas motivos para empacotar num único discurso o “golpe” contra Dilma, a eleição sem Lula, a “extrema-direita raivosa”, e o “golpe” de 1964. Resultado: ao colocar todas as fichas numa ruptura institucional sem futuro, que a caserna rejeita eloquente e reiteradamente, os intervencionistas estão ajudando a esquerda, criando antagonismos com o grupo do centro ideológico, semeando desânimo à direita e afastando da eleição milhões de agentes de uma necessária renovação de quadros políticos.

Motivados pela necessidade de renovação, bons candidatos liberais e conservadores disputarão esta eleição em todos os Estados. Se há algo de que eles não precisam é que seus potenciais eleitores fiquem em casa. A esperança vã numa solução que não vem, tanto quanto o desalento, só serve aos corruptos, aos incompetentes e aos artesãos do caos.

Fonte: Blog Rodrigo Constantino/Folha

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Wall Street sobe com perspectiva de corte de 0,25 ponto nos juros pelo Fed
Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras e bancos, com DIs no radar
Dólar acompanha o exterior e fecha em baixa ante o real
Taxas futuras de juros sobem puxadas por dados do varejo, receio fiscal e Treasuries
Ações atingem pico de uma semana com corte de juros pelo BCE
CNI: Crise do crédito no Brasil e a necessidade de nos prepararmos para o fim da deflação chinesa